Saúde e Bem-estar

Câncer de esôfago: saiba lidar com doença que matou Pepe Mujica

Câncer de esôfago causou a morte de Pepe Mujica; entenda as opções de tratamento.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 14 de maio de 2025, às 14h22

Foto:  Freepik
Foto: Freepik

O ex-presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, faleceu na terça-feira, 13 de maio, aos 89 anos. A causa da morte foi um câncer de esôfago, diagnosticado no início de 2024. Durante os últimos meses, Mujica recebeu cuidados paliativos para aliviar a dor, conforme informou sua esposa, Lucía Topolanski. Com o câncer se espalhando para o fígado, Mujica já havia anunciado que seu corpo não suportaria novos tratamentos, dada sua idade avançada.

O que é o câncer de esôfago?

O esôfago é um tubo muscular que conecta a garganta ao estômago. Ele tem cerca de 25 centímetros de comprimento e é essencial para o transporte de alimentos e líquidos. Quando um tumor se forma nesse órgão, pode ocorrer uma obstrução, dificultando a passagem dos alimentos. Além disso, o problema pode atingir o esfíncter esofágico.

O câncer de esôfago é mais comum em pessoas acima de 50 anos, sendo predominantemente diagnosticado em homens. Existem dois tipos principais dessa neoplasia: o carcinoma de células escamosas e o adenocarcinoma. Os principais sintomas incluem:

  • Dificuldade para engolir (disfagia), principalmente alimentos sólidos
  • Dor no peito e sensação de obstrução ao engolir
  • Náuseas, vômitos e perda de apetite
  • Perda de peso não intencional

É importante que médicos observem esses sinais, pois o diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso no tratamento.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do câncer de esôfago geralmente começa com uma endoscopia digestiva alta, seguida de exames de imagem como a tomografia. Se houver suspeita de tumor, é feita uma biópsia para analisar as células lesionadas.

O tratamento pode variar conforme o estágio da doença. Nos casos iniciais, pode ser realizada uma ressecção local, ou seja, a remoção do tumor durante a endoscopia. Para tumores mais avançados, o tratamento costuma envolver quimioterapia combinada com radioterapia antes da cirurgia. Para casos em que a cura não é possível, o foco é o tratamento paliativo, que visa melhorar a qualidade de vida do paciente.

O câncer de esôfago é uma doença agressiva e, muitas vezes, silenciosa. Por isso, é fundamental ficar atento aos sintomas e procurar um médico ao perceber sinais persistentes. A detecção precoce e o tratamento adequado podem salvar vidas, mas o prognóstico depende muito do estágio em que a doença é diagnosticada.

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