Como o cérebro escolhe o que lembrar? Veja aqui
Estudo revela que emoções definem quais lembranças o cérebro decide guardar.

O cérebro humano não registra todas as experiências de forma igual. Segundo um estudo da revista Science Advances, lembranças comuns podem se tornar marcantes quando associadas a emoções intensas. Isso ocorre porque o cérebro resgata memórias fracas com base em sua semelhança com eventos emocionais. Assim, até um fato cotidiano pode se fixar na mente se ocorrer antes ou depois de um momento de impacto emocional.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiA pesquisa demonstrou que as emoções funcionam como um gatilho biológico que “estabiliza” memórias frágeis. Em outras palavras, a emoção ajuda o cérebro a decidir o que guardar ou esquecer. Esse avanço pode abrir novas possibilidades na neurociência, na educação e até na medicina, permitindo o fortalecimento de lembranças positivas e o enfraquecimento de memórias traumáticas.
Leia também – Psicoterapia muda o cérebro e combate depressão – veja como
O estudo e seus resultados
Os pesquisadores realizaram dez testes com 650 voluntários. As pessoas assistiram a dezenas de imagens e, no dia seguinte, participaram de testes surpresa de memória.
Os resultados mostraram que:
- Lembranças posteriores a um evento marcante se tornaram mais fortes conforme a carga emocional aumentava.
- Lembranças anteriores também se intensificaram quando havia alguma conexão com o evento emocional.
Essa descoberta confirma o conceito de “priorização gradual”, indicando que o cérebro consolida memórias com base no valor emocional das experiências.
Aplicações práticas
O estudo pode revolucionar terapias de memória e estratégias de ensino. Em ambientes clínicos, técnicas que estimulam emoções positivas podem resgatar lembranças enfraquecidas, enquanto o mesmo processo pode atenuar traumas. Na educação, conteúdos emocionalmente envolventes ajudam estudantes a fixar melhor o aprendizado.
Com base em informações do portal Globo.