Gordura no fígado: entenda o risco e evite o câncer hepático
Cuidado: acúmulo de gordura no fígado pode evoluir silenciosamente e aumentar o risco de câncer hepático.

O corpo dá sinais. E um deles pode estar escondido no seu fígado. Pouca gente imagina que um simples acúmulo de gordura no órgão possa se transformar em um problema sério. No entanto, a gordura no fígado é uma condição que merece atenção imediata. Sem sintomas aparentes, ela avança de forma silenciosa e pode causar inflamações, comprometer funções hepáticas e abrir caminho para doenças mais graves, como cirrose e até mesmo câncer de fígado. Essa progressão, apesar de lenta, é real e bastante documentada na medicina.
A esteatose hepática já atinge cerca de 30% dos brasileiros. Entre pessoas com obesidade ou diabetes, o número ultrapassa 50%. Embora nem todos desenvolvam complicações, o risco existe — e cresce à medida que o fígado se mantém inflamado. A realidade é preocupante.No Brasil, ela ocupa o terceiro lugar em casos de transplantes. Muitos pacientes recebem o diagnóstico de câncer hepático apenas após anos, ou até décadas, vivendo com esse quadro, sem saber que ele poderia evoluir de forma tão perigosa.
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Nem só os obesos correm risco
Apesar da obesidade abdominal aumentar de forma significativa o risco de desenvolver gordura no fígado, essa condição não se restringe apenas a quem está acima do peso. Muitas pessoas magras, inclusive aquelas que mantêm hábitos considerados saudáveis, também podem desenvolver esteatose hepática. Isso acontece, sobretudo, por predisposições genéticas, alterações hormonais ou distúrbios metabólicos silenciosos, como resistência à insulina e dislipidemias. Nessas situações, o fígado acumula gordura mesmo sem sinais externos visíveis, o que torna o diagnóstico ainda mais desafiador.
Por isso, realizar avaliações médicas periódicas torna-se uma atitude essencial, especialmente a partir dos 50 anos. Nessa fase da vida, os riscos cardiovasculares aumentam e o metabolismo desacelera, favorecendo alterações hepáticas. Consultas regulares com clínico geral, hepatologista ou endocrinologista, associadas a exames laboratoriais e de imagem, como a ultrassonografia abdominal, permitem detectar precocemente qualquer alteração no fígado — mesmo na ausência de sintomas. Identificar o problema cedo é a chave para evitar que ele evolua para quadros mais graves.
O que fazer para se proteger?
- Alimente-se melhor
- Evite industrializados, carne vermelha em excesso, refrigerantes e frituras
- Prefira verduras, legumes, grãos e água
- Pratique pelo menos 150 minutos de atividade física por semana
Não espere os sintomas aparecerem. A saúde do fígado pede atenção, cuidado e ação preventiva.
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