Saúde e Bem-estar

Menopausa silenciosa: crise exige mais que antidepressivos

Estudo alerta que mulheres na menopausa com crise emocional recebem antidepressivos em vez de terapia hormonal.

A foto mostra mulher experienciando menopausa
FOTO: Freepik

Um estudo conduzido com 42 mulheres, durante a perimenopausa ou menopausa, identificou um padrão alarmante: muitas receberam antidepressivos em vez da terapia de reposição hormonal (TRH). Esse desvio vai contra diretrizes que afirmam: antidepressivos não devem ser a primeira escolha para sintomas hormonais.

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Nas últimas duas décadas, taxas de suicídio cresceram, principalmente, entre mulheres de 40 a 50 anos — justamente a faixa etária da transição menopausal. No entanto, o impacto hormonal na saúde mental permanece subestimado.

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O que as mulheres relataram

  • Sentimentos profundos de desesperança e prisão: “Qual o sentido de estar viva?”
  • Fadiga esmagadora e sensação de inutilidade
  • Questionamento do próprio valor — sentem-se fardo para os outros
  • Sintomas vão além da tristeza: englobam, assim, perdas cognitivas, ansiedade e sobrecarga emocional

Falhas médicas e lacunas no tratamento

  • Médicos generalistas carecem de preparo para avaliar, desse modo, hormônios
  • Muitos atrasam ou negam a TRH, interpretando diretrizes com rigidez excessiva
  • Antidepressivos surgem como atalho fácil — mas, em casos reportados, agravaram sintomas
  • Além disso, a saúde feminina sofre heranças históricas: o rótulo de “histeria” ainda influencia diagnósticos

Pressões da meia-idade intensificam o caos

Mulheres atravessam responsabilidades familiares, trabalho e demandas sociais enquanto enfrentam mudanças hormonais. Sintomas como ondas de calor, tristeza intensa e confusão mental podem levar a perdas reais: emprego, autonomia, relacionamentos.

Quando a reposição hormonal transforma vidas

  • Algumas mulheres relataram melhora drástica após iniciar TRH justa e bem acompanhada
  • Pensamentos suicidas recuaram, o ânimo voltou, a vida adquiriu sentido
  • Embora nem todas respondam à TRH, todas devem ter seus hormônios investigados

O chamado urgente: mudança de olhar

  • A crise no climatério já dura décadas sem reconhecimento
  • Os sistemas de saúde precisam enxergar essa condição como risco à vida
  • Profissionais devem ouvir com seriedade e oferecer tratamento informado

Sugestões finais para apoio e orientação

  • Solicite avaliações hormonais completas com seu médico
  • Exija explicações claras sobre as opções de tratamento
  • Busque apoio psicológico, mesmo durante o processo de TRH
  • Informe-se e compartilhe relatos para visibilidade
  • Se tiver pensamentos suicidas, recorra imediatamente:
    1. CVV — telefone 188 (24 h)
    2. SAMU — 192
    3. Serviços de saúde mental do SUS

Com informações do portal Globo.

Formada em Letras e Direito, com especialização em Linguística, Literatura e Publicidade & Propaganda. Possui experiência em Gestão Pública e Pedagógica. Atua na editoria de Saúde e Bem-Estar do AQUINOTICIAS.COM, na plataforma Viva Vida.