Saúde e Bem-estar

Ozempic em pílula chegou e os resultados prometem

O comprimido orforglipron oferece uma alternativa eficaz e prática ao Ozempic injetável.

A foto mostra comprimidos
Foto: Freepik

O avanço do orforglipron, comprimido desenvolvido pelo mesmo fabricante do Ozempic, surge como alternativa prática para quem enfrenta a rotina de injeções semanais. O medicamento ativa o receptor GLP-1 e, assim, ajuda a controlar a glicose enquanto reduz o apetite, estratégia já conhecida nos tratamentos atuais. O estudo, financiado pela empresa e publicado na revista The Lancet, acompanhou adultos com sobrepeso ou obesidade diagnosticados com diabetes tipo 2. Além disso, a pesquisa avaliou segurança, eficácia e impacto metabólico em diferentes doses. Os resultados reforçam que a formulação oral pode ampliar o acesso em regiões onde refrigerar medicamentos representa um desafio. E, por fim, os dados mostram que a praticidade da pílula pode mudar a adesão terapêutica.

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O estudo acompanhou mais de 1,6 mil participantes durante cerca de 16 meses, distribuídos em 136 centros de pesquisa de 10 países. Os voluntários receberam três doses diferentes do comprimido ou um placebo, sempre aliados a orientações de mudança de estilo de vida. A média de idade foi de 57 anos, e o peso médio chegou a 101 quilos, perfil que costuma apresentar maior dificuldade para emagrecer com métodos tradicionais. Embora as diretrizes clínicas recomendem intervenções combinadas, os pesquisadores observaram avanços consistentes mesmo nas faixas mais desafiadoras. Dessa forma, os resultados apontam impactos relevantes tanto no peso quanto no controle glicêmico.

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Resultados mostram perda de peso expressiva

O grupo placebo perdeu cerca de 2,5% do peso. Já quem tomou 6 mg perdeu 5,1%. A dose de 12 mg reduziu 7% do peso, enquanto a dose de 36 mg alcançou média de 9,6%. Em parte dos participantes, a perda ultrapassou 15%, indicador considerado alto para medicamentos orais. Além disso, todas as doses melhoraram o controle da glicose.

Os efeitos colaterais mais frequentes incluíram náuseas, vômitos, constipação e diarreia. A maioria foi leve ou moderada, padrão semelhante ao dos demais medicamentos da classe GLP-1.

Comprimido elimina limitações da versão injetável

O orforglipron não exige refrigeração, ao contrário da semaglutida injetável. Como é absorvido pelo trato digestivo, ele funciona como um medicamento tradicional. Isso amplia o uso em locais com infraestrutura limitada. Os autores afirmam que novos ensaios devem comparar diretamente a pílula com terapias já aprovadas. A expectativa é que o pedido regulatório ocorra em 2026 e que o custo seja menor que o das injeções.

Com base nas informações do portal Metrópoles.

Formada em Letras e Direito, com especialização em Linguística, Literatura e Publicidade & Propaganda. Possui experiência em Gestão Pública e Pedagógica. Atua na editoria de Saúde e Bem-Estar do AQUINOTICIAS.COM, na plataforma Viva Vida.