Saúde e Bem-estar

Anvisa passa a reter receitas de Ozempic, Wegovy e Mounjaro

Anvisa passa a reter receitas de Ozempic, Wegovy e Mounjaro para coibir uso irracional e garantir segurança do paciente.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 23 de jun de 2025, às 12h50

Foto: Freepik
Foto: Freepik

A Anvisa liberou regra que exige retenção da receita médica para comprar Ozempic, Wegovy e Mounjaro. A decisão entra em vigor em 23 de junho de 2025. A partir daí, a farmácia retém a segunda via da prescrição, seguindo o padrão aplicado a antibióticos. Além disso, a receita continua válida por até 90 dias.

Por que a Anvisa alterou a regra?

  • Prevenir uso irracional: autoridades registraram aumento de eventos adversos por uso sem orientação.
  • Evitar uso estético: o fármaco migrou para consumo voltado à estética, muitas vezes sem monitoramento médico.
  • Proteger o paciente: altos riscos a longo prazo e efeitos graves, como pancreatite, exigem vigilância rigorosa.

O que mudou na prática com a retenção de receitas?

  • Farmácias devem reter uma via da receita no ato da compra.
  • O profissional só aceita, desse modo, receita dentro do prazo de validade de até 90 dias.
  • O uso off‑label continua permitido, desde que o médico avalie riscos e benefícios.

Antes da mudança: pico de vendas

Antes do início da regra, as vendas de medicamentos GLP‑1 cresceram 15,5% — e 39,1% em comparação anual — impulsionadas por um “estoque” às vésperas da retenção.

Especialistas aprovam retenção de receita

Conforme os endocrinologistas a norma é funcional. Eles relatam casos de uso estético irregular que provocam náusea, constipação e hemorroidas. Com a retenção, esperam reduzir automedicação e práticas de risco .

Como se adequar

  1. Peça ao médico duas vias da receita.
  2. Apresente ambas na farmácia.
  3. Use apenas dentro dos 90 dias.
  4. Mantenha acompanhamento clínico.

Quem mais será afetado?

Medicamentos como Saxenda, Trulicity e Rybelsus também entram na regra, o que reforça controle sobre toda classe de agonistas do GLP‑1.

Com a nova norma, a Anvisa fortalece a segurança dos usuários e reduz riscos associados ao uso indevido. Dessa forma, a exigência de retenção melhora o controle profissional e prioriza a saúde.

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