Perigo: alimentos ultraprocessados afetam saúde e viciam paladar
Ultraprocessados viciam o paladar e elevam os riscos de doenças crônicas, segundo especialistas.

Os alimentos ultraprocessados dominam prateleiras e rotinas. Embora práticos, oferecem riscos graves à saúde, segundo especialistas. De acordo com Carlos Augusto Monteiro, professor da USP e pesquisador do Nupens, a indústria desses produtos segue o mesmo padrão da indústria do tabaco. Por isso, defende que ela seja tratada com o mesmo rigor.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiO que são alimentos ultraprocessados?
Conforme nutricionistas, esses produtos são criados com ingredientes extraídos ou sintetizados em laboratório. Entre os principais componentes, estão:
- Óleos refinados
- Açúcar e amido modificados
- Aromatizantes e emulsificantes
- Corantes e conservantes artificiais
Esses alimentos passam, dessa forma, por processos intensos, que eliminam fibras, vitaminas e minerais naturais. Em contrapartida, ganham aditivos para durar mais, ter sabor forte e gerar repetição de consumo.
Por que causam vício?
A alta concentração de açúcar, gordura ruim e sódio ativa centros de prazer no cérebro. Assim, cria-se um ciclo de dependência alimentar. O paladar se acostuma e exige, desse modo, sabores cada vez mais intensos, o que prejudica escolhas saudáveis.
Quais doenças esses alimentos causam?
O consumo frequente está relacionado ao aumento de doenças crônicas. Entre elas:
- Obesidade e sobrepeso
- Diabetes tipo 2
- Hipertensão arterial
- Doenças cardiovasculares
- Câncer e síndrome metabólica
- Problemas hepáticos, como gordura no fígado
- Distúrbios emocionais, como depressão e ansiedade
Quais são os mais consumidos?
Esses são os principais vilões do dia a dia:
- Refrigerantes
- Biscoitos recheados
- Macarrão instantâneo
- Salsichas e embutidos
- Pães industrializados
- Bolos prontos e misturas
- Sorvetes e salgadinhos
- Cereais matinais adoçados
- Barrinhas com alto teor de açúcar
Mesmo comuns, esses alimentos oferecem riscos sérios. Reduzir o consumo diário é essencial para preservar a saúde física e mental.