Saúde e Bem-estar

Perigo – dificuldade no acesso à saúde incentiva automedicação

A dificuldade no acesso à saúde no Brasil impulsiona a automedicação, expondo a população a riscos graves de saúde.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 08 de maio de 2025, às 13h48

FOTO: Freepik
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Apesar de apresentarem sintomas, mais de 60% dos brasileiros evitam procurar atendimento médico. Essa realidade, revelada por um estudo da Vital Strategies, Umane e Universidade Federal de Pelotas (UFPel), expõe um grave desafio ao sistema de saúde, tanto público quanto privado: a automedicação.

Principais barreiras no acesso à saúde

A principal queixa da população é a demora no atendimento, apontada por 46,9% dos entrevistados. Mesmo entre aqueles que procuram ajuda, mais de 40% não conseguem ser atendidos. Em ambos os casos, o tempo de espera aparece como o maior obstáculo.

Além disso, outros fatores contribuem para o afastamento:

  • Falta de profissionais qualificados
  • Insuficiência de equipamentos básicos
  • Percepção de que os sintomas não são graves
  • Condições precárias de acesso e acolhimento

De acordo com o estudo, a qualidade do atendimento e o vínculo com a atenção primária à saúde são fundamentais.

O perigo silencioso da automedicação

Outro dado alarmante: 35% dos entrevistados recorrem à automedicação. De acordo com os especialistas, Brasil lidera o ranking mundial desse hábito perigoso. Estimativas apontam que cerca de 90% da população toma medicamentos sem prescrição.

Os riscos são diversos:

  • Agravamento de doenças
  • Reações adversas graves
  • Interações medicamentosas perigosas
  • Atraso no diagnóstico correto

Conforme especialistas, comportamento é reflexo da dificuldade de acesso e da falta de medicamentos nas unidades básicas. A solução passa por campanhas de conscientização, educação em saúde e, possivelmente, medidas como a venda fracionada de remédios.

Caminhos para mudar esse cenário

Para transformar esse panorama, o país precisa:

  • Investir na gestão e otimização de agendas
  • Ampliar a oferta de serviços, inclusive com telemedicina
  • Garantir financiamento contínuo do SUS
  • Valorizar a atenção primária e qualificar o acolhimento

Enquanto o atendimento continuar ineficiente, a população seguirá adiando cuidados, colocando a própria saúde em risco.

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