Perigo – dificuldade no acesso à saúde incentiva automedicação
A dificuldade no acesso à saúde no Brasil impulsiona a automedicação, expondo a população a riscos graves de saúde.

Apesar de apresentarem sintomas, mais de 60% dos brasileiros evitam procurar atendimento médico. Essa realidade, revelada por um estudo da Vital Strategies, Umane e Universidade Federal de Pelotas (UFPel), expõe um grave desafio ao sistema de saúde, tanto público quanto privado: a automedicação.
Principais barreiras no acesso à saúde
A principal queixa da população é a demora no atendimento, apontada por 46,9% dos entrevistados. Mesmo entre aqueles que procuram ajuda, mais de 40% não conseguem ser atendidos. Em ambos os casos, o tempo de espera aparece como o maior obstáculo.
Além disso, outros fatores contribuem para o afastamento:
- Falta de profissionais qualificados
- Insuficiência de equipamentos básicos
- Percepção de que os sintomas não são graves
- Condições precárias de acesso e acolhimento
De acordo com o estudo, a qualidade do atendimento e o vínculo com a atenção primária à saúde são fundamentais.
O perigo silencioso da automedicação
Outro dado alarmante: 35% dos entrevistados recorrem à automedicação. De acordo com os especialistas, Brasil lidera o ranking mundial desse hábito perigoso. Estimativas apontam que cerca de 90% da população toma medicamentos sem prescrição.
Os riscos são diversos:
- Agravamento de doenças
- Reações adversas graves
- Interações medicamentosas perigosas
- Atraso no diagnóstico correto
Conforme especialistas, comportamento é reflexo da dificuldade de acesso e da falta de medicamentos nas unidades básicas. A solução passa por campanhas de conscientização, educação em saúde e, possivelmente, medidas como a venda fracionada de remédios.
Caminhos para mudar esse cenário
Para transformar esse panorama, o país precisa:
- Investir na gestão e otimização de agendas
- Ampliar a oferta de serviços, inclusive com telemedicina
- Garantir financiamento contínuo do SUS
- Valorizar a atenção primária e qualificar o acolhimento
Enquanto o atendimento continuar ineficiente, a população seguirá adiando cuidados, colocando a própria saúde em risco.
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