Saúde e Bem-estar

Sarampo na Bolívia preocupa Brasil: vacinem-se

Surto de sarampo na Bolívia acende alerta no Brasil, enfatizando a vacinação imediata e sinais precoces.

Beatriz Fraga Beatriz Fraga

A foto mostra bebê com sarampo.
FOTO: Freepik

O surto de sarampo na Bolívia aumentou o grau de alerta entre autoridades brasileiras. O Ministério da Saúde confirmou 229 casos bolivianos apenas neste ano. Além disso, o Brasil já registrou 22 casos importados, a maioria no Tocantins. Esse cenário expôs fragilidades, mesmo após o país ter recebido, recentemente, o reconhecimento internacional de área livre da doença. A baixa cobertura vacinal, somada à influência de movimentos antivacina, elevou o risco de retorno da transmissão interna. A resistência à vacinação compromete a imunidade coletiva e cria brechas para que o vírus circule novamente. Essa postura ameaça toda a população, inclusive os vacinados, ao ampliar a chance de novos surtos.

A situação também reforça o alerta de órgãos internacionais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirma que os casos de sarampo cresceram globalmente após a queda na cobertura vacinal durante a pandemia. Essa baixa adesão às vacinas, impulsionada por desinformação e falsas crenças, favorece a reintrodução de doenças já controladas. Sem proteção coletiva adequada, crianças, idosos e pessoas com imunidade fragilizada ficam mais vulneráveis. O avanço da doença em países vizinhos mostra que fronteiras não barram vírus altamente contagiosos. Por isso, a vigilância constante e campanhas ativas de imunização são essenciais. Quanto mais cedo a vacinação atingir índices seguros, menor será o risco de transmissão interna.

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Sintomas e transmissão

O sarampo surge com febre alta, tosse, conjuntivite e erupções na pele. Depois, aparecem manchas avermelhadas que se espalham pelo corpo. A transmissão ocorre por gotículas respiratórias, e sem imunização, o vírus infecta até 90 % das pessoas expostas. Além disso, pode evoluir para pneumonia ou encefalite, especialmente em crianças e idosos.


Quem deve se vacinar e como prevenir

A única defesa eficaz continua sendo a vacina tríplice viral. No Brasil, ela está disponível gratuitamente para pessoas entre 6 meses e 59 anos. Para quem tem até 29 anos, são duas doses com intervalo de 30 dias; para quem tem entre 30 e 59 anos, aplica-se uma dose única.

Além disso, especialistas reforçam que manter esquema vacinal completo é essencial para evitar reintrodução do vírus. Por isso, reforços e campanhas devem alcançar cobertura ideal.


Alerta contínuo e urgência

Apesar da certificação, o Brasil segue em estado de vigilância máxima. A queda na imunização pós-pandemia, aliada à circulação viral na região, torna cada dose de vacina contra sarampo ainda mais importante. Portanto, agilize a imunização e fique atento aos sinais.

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