Saúde e Bem-estar

Saúde mental não combina com o ato de mentir: jogue limpo

Mentir repetidamente prejudica o cérebro e coloca a saúde mental em risco.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 04 de jul de 2025, às 14h44

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

Conforme especialistas, mentir envolve mais esforço cerebral do que dizer a verdade. Dessa forma, compromete saúde mental. O cérebro cria narrativas falsas, memoriza-as e reprime a informação verdadeira — um processo que ativa intensamente o córtex frontal, núcleos da base e a amígdala. Ao repetir esse ciclo, o cérebro diminui a sensibilidade emocional, tornando a mentira cada vez mais automática.

Em qualquer tipo de relacionamento, seja amizade, profissional ou amoroso, a mentira corrói confiança e respeito, destruindo quem mente e quem é vítima.

Além disso, esse desgaste cognitivo derruba o sistema emocional. A culpa tende a se diluir com o tempo, removendo limites éticos internos e abrindo caminho para comportamentos impulsivos .

Impactos à saúde mental

Mentiras frequentes geram reações físicas como sudorese, taquicardia e tremores. Esses sintomas surgem por conta do medo de ser descoberto e do estresse crônico. Esse estado de alerta constante pode evoluir para ansiedade, insônia e sensação de angústia, dados que afetam a saúde mental.

Do ponto de vista emocional, a mentira frequente pode contribuir para transtornos psiquiátricos. A mitomania — mentir sem propósito — pode sinalizar problemas mais graves relacionados à personalidade e perturbam as pessoas com as quais o sujeito que mente se relaciona.

Consequências e sinais de alerta

EfeitoDescrição
Sobrecarga mentalO cérebro consome recursos demais com a mentira
DessensibilizaçãoReduz a capacidade emocional para diferenciar o certo do errado
Sintomas físicosTaquicardia, sudorese, tremores e insônia
Risco psiquiátricoPode evoluir para transtornos ou mitomania

Como evitar e reverter

  1. Reconheça o padrão: perceba quando sente culpa ou ansiedade após mentir.
  2. Prefira transparência: use comunicação direta e honesta.
  3. Busque apoio: em casos de mentiras compulsivas, procure orientação psiquiátrica ou psicológica.

Mentir parece inofensivo, mas gera sobrecarga mental, desgaste emocional e risco à saúde mental. Portanto, adotar a honestidade reforça nossa integridade e preserva o bem-estar cerebral.

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