SUS pretende liberar medicamento inovador para hemofilia infantil
O Ministério da Saúde quer ampliar o uso de remédio no SUS, garantindo tratamento gratuito da hemofilia A para crianças pequenas. confira.

O Ministério da Saúde quer expandir o uso do medicamento Emicizumabe no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças de 0 a 6 anos com hemofilia A. O ministro Alexandre Padilha anunciou que defenderá, principalmente, a proposta na próxima reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), entre os dias 12 e 3 de novembro. A decisão pode garantir que o tratamento, que custa entre R$ 300 mil e R$ 350 mil por ano, passe a ser oferecido gratuitamente.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiA hemofilia A é uma condição genética que afeta a coagulação do sangue e provoca, desse modo, sangramentos prolongados, exigindo acompanhamento constante. De acordo com Padilha, a negociação com a indústria farmacêutica resultou em redução de custos e maior viabilidade para o SUS. “Estamos levando argumentos técnicos e econômicos que comprovam o impacto positivo da ampliação. Essa medida vai garantir acesso gratuito para crianças pequenas, que sofrem mais com a aplicação endovenosa”, explicou o ministro.
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Emicizumabe reduz sangramentos e facilita o tratamento
Atualmente, o Emicizumabe já está disponível no SUS para faixas etárias mais altas. O medicamento reduz em mais de 90% os episódios de sangramento, diminui hospitalizações e melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Padilha destacou ainda que o remédio tem aplicação simples e menos dolorosa: “Ele é de uso subcutâneo, feito uma vez por semana — em alguns casos, até três vezes por mês. Isso evita o sofrimento das famílias que enfrentam dificuldades para aplicar medicamentos intravenosos em crianças pequenas.”
Mobilização nacional pela ampliação
A iniciativa do Ministério da Saúde contou com o apoio de hemocentros, associações de pacientes e profissionais de saúde de diversos estados, como Pernambuco, Ceará, Paraná, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Distrito Federal. Todos colaboram na mobilização pela ampliação do acesso ao medicamento, considerado um avanço no cuidado pediátrico da hemofilia no Brasil.
Com informações do portal Agência Brasil.