O voo em que turistas flutuaram no espaço foi um marco do turismo espacial, que tem crescido a cada ano. Com cinco dias de duração, a Missão Polaris Dawn levou quatro passageiros para viajar no espaço e dar algumas voltas em torno da Terra, em setembro. A viagem foi feita pela SpaceX, do bilionário Elon Musk, uma das empresas que estão disputando esse mercado e diz mirar uma futura colonização de Marte.
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A companhia deu um passo importante em 13 de outubro, quando o foguete Super Heavy impulsionou a nave não-tripulada Starship e fez um pouso inédito na plataforma de lançamento. Isso é importante porque a reutilização de equipamentos pode baratear as viagens, segundo especialistas.
Até agora, o turismo espacial tem ricaços como protagonistas: passageiros ou mesmo financiadores da empreitada.
Mas, afinal, quanto custa viajar para o espaço?
O valor por passageiro da missão Polaris Dawn, que usou a nave Crew Dragon, não foi revelado ao público, mas a estimativa é de que tenha custado algumas centenas de milhões de dólares, segundo a Reuters.
💲 A projeção é baseada no preço de outra viagem com a Crew Dragon. Em 2021, a SpaceX vendeu passagens para a missão Ax-1 por US$ 55 milhões (R$ 300 milhões) cada uma, de acordo com o Washington Post.
Na ocasião, quatro empresários ficaram por 16 dias na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A Polaris Dawn foi financiada por um dos tripulantes, o bilionário Jared Isaacman, criador do serviço de pagamentos Shift4 Payments e dono de uma fortuna de US$ 1,5 bilhão, de acordo com a Forbes.
E os voos curtos ao espaço?
Os voos da SpaceX para turistas espaciais costumam ser mais caros porque duram mais e alcançam distâncias maiores. Mas voos rápidos ao espaço, como os realizados pela Blue Origin, de Jeff Bezos, e pela Virgin Galactic, de Richard Branson, têm preços menores.
As missões da Blue Origin são feitas com a nave New Shepard e costumam durar 10 minutos. Já os voos da Virgin Galactic usam a aeronave VSS Unity e têm cerca de 15 minutos de duração cada.
💲 Em 2021, a Blue Origin leiloou uma passagem para seu primeiro voo tripulado por US$ 28 milhões (R$ 150 milhões). O dono do lance vencedor viajaria com Bezos, mas desistiu da viagem naquele momento e foi substituído por um estudante de 18 anos.
Um ano depois, a viagem da Blue Origin estava mais barata: duas passagens de outra missão foram compradas por US$ 1,25 milhão (R$ 6,8 milhões) cada pela iniciativa de criptmoedas MoonDAO.
💲 Já a Virgin Galactic, do também bilionário Richard Branson, cobra US$ 600 mil (R$ 3,2 milhões) por cada passagem. Mas quem reservou lugar no início das vendas há quase 20 anos pagou “apenas” US$ 200 mil (R$ 1 milhão).
Cerca de 800 pessoas estão na fila de espera da Virgin Galactic, segundo informou a empresa à agência AP em agosto de 2023.
Para diminuir o tamanho da fila, a empresa planeja usar duas unidades de um novo avião, batizado de Delta. O objetivo é que, a cada ano, eles sejam usados para fazer 125 voos e transportar 750 passageiros.
Enquanto viajar ao espaço ainda é privilégio de poucos, muitos fãs dessas missões têm comparecido aos locais de lançamento para assistir às decolagens ao vivo. E também precisam pagar pela visita.
A Nasa oferece pacotes para ver lançamentos de foguete no Cabo Canaveral, região da Flórida onde a maioria das naves dos EUA é lançada. Os eventos previstos aparecem neste site: https://www.kennedyspacecenter.com/launches-and-events.
Fonte: G1
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