Absorvente interno provoca morte por SCT – entenda esse caso
Uma jovem de 17 anos morreu após desenvolver SCT (síndrome do choque tóxico) ligada ao uso de absorvente interno. O caso reforça a importância da prevenção.

Mesmo em 2020, o caso de Maëlle Hennuy, de 17 anos, ainda alerta sobre os riscos reais do absorvente interno. A adolescente belga morreu apenas 48 horas após apresentar os primeiros sintomas de SCT (síndrome do choque interno). Médicos diagnosticaram inicialmente uma simples gripe intestinal, mas a verdadeira causa era muito mais grave.
Sintomas ignorados e diagnóstico tardio
Numa segunda-feira, após uma prática esportiva, Maëlle começou a vomitar, teve febre e diarreia. Preocupada, sua mãe acionou o médico da família, que considerou os sintomas típicos de uma infecção gastrointestinal. Contudo, no dia seguinte, a condição de Maëlle piorou rapidamente. A ambulância reforçou o diagnóstico inicial e a levou para o hospital, onde também trataram uma desidratação severa.
Descoberta tardia e consequências fatais do SCT
Somente após a transferência para a UTI, os médicos identificaram a verdadeira causa: síndrome do choque tóxico (SCT), desencadeada pelo uso prolongado de um absorvente interno. Apesar de todos os esforços médicos, Maëlle faleceu no dia seguinte.
O que é a síndrome do choque tóxico?
A SCT é rara, mas extremamente grave. Resulta da liberação de toxinas por bactérias como a Staphylococcus aureus, comuns na flora vaginal. Se essas toxinas atingem a corrente sanguínea, podem causar insuficiência renal, choque e até morte.
Cuidados essenciais com absorventes internos
Muitas mulheres ainda preferem o absorvente interno pela praticidade, especialmente com rotinas intensas. No entanto, é fundamental seguir orientações de uso:
- Trocar a cada 2 a 4 horas, conforme o fluxo;
- Evitar o uso contínuo por mais de 6 horas;
- Nunca dormir com absorvente interno;
- Preferir modelos com menor absorção, se possível.
Dados importantes sobre a SCT
- Primeira descrição: 1978;
- Acomete homens e mulheres;
- Estima-se que 1 em cada 100 mil mulheres menstruadas possa desenvolver a doença;
- Sintomas: febre alta, vômitos, diarreia, confusão mental, queda de pressão e falência de órgãos.
Mesmo sendo raro, o choque tóxico exige atenção. Conhecimento e prevenção salvam vidas.
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