Atleta morre durante jogo de futsal em Augusto Corrêa-PA

Um lance rotineiro terminou em tragédia na manhã desta quarta-feira (3) em Augusto Corrêa, no nordeste do Pará. O goleiro Antônio Édson dos Santos Sousa, conhecido como Pixé, participava da disputa por pênaltis da Semana da Pátria de 2025 quando, após defender uma cobrança, caiu ao caminhar em direção a um companheiro.

Os colegas reagiram imediatamente e solicitaram atendimento médico. Édson recebeu os primeiros socorros no ginásio Zezinho de Freitas. Em seguida, a equipe o levou ao hospital local, onde faleceu. A causa da morte ainda não foi divulgada oficialmente.

Em função do ocorrido, a Prefeitura de Augusto Corrêa suspendeu os jogos programados para esta quarta-feira. A competição deve retornar, desse modo, na quinta-feira (4).

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Legado e homenagens

A Federação Paraense de Futsal (FEFUSPA) emitiu nota de pesar, destacando, principalmente, o legado de Édson dentro e fora das quadras. Conforme a entidade, ele será lembrado pelo talento, dedicação, espírito de equipe e personalidade cativante. A federação expressou condolências aos familiares, amigos e à comunidade esportiva, afirmando que seu exemplo continuará a inspirar, dessa forma, futuros atletas.

Morte súbita em atletas jovens: fatores de risco

Estudos indicam que 1 a 3 em cada 100 mil atletas jovens aparentemente saudáveis podem morrer subitamente durante exercícios, sendo os homens dez vezes mais afetados que as mulheres. Entre os esportes de maior risco estão futebol, basquete e futebol americano.

As causas de morte súbita cardiovascular em atletas jovens incluem:

• Cardiomiopatia hipertrófica (embora recentes estudos mostrem que muitos casos ocorrem em corações estruturalmente normais);
• Commotio cordis, quando um impacto no tórax durante a fase vulnerável do coração provoca, assim, arritmia fatal;
• Síndromes hereditárias de arritmia (como QT longo e Brugada) e ruptura de aneurisma da aorta em casos como a síndrome de Marfan;
• Outras condições subjacentes incluem asma grave, golpe de calor ou uso de drogas e medicamentos que aumentam desempenho.

Os sinais de alerta geralmente são colapso cardiovascular súbito. O tratamento imediato com suporte de vida cardíaco avançado é eficaz em menos de 20% dos casos, mas a disponibilidade de desfibriladores externos automáticos (DEA) pode elevar a sobrevida livre de danos neurológicos para mais de 80%. Para sobreviventes, o manejo envolve tratamento da condição de base e, em alguns casos, a implantação de cardioversor.