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“Rubem Braga – A Vida em Voz Alta” chega a Guaçuí com entrada gratuita

Estrelada por José Augusto Loureiro, a peça agora convida o público do Extremo Sul do Espírito Santo a conhecer as memórias do “sabiá da crônica”

Por Redação

5 mins de leitura

em 28 de fev de 2024, às 10h47

Foto: Divulgação

Sucesso por onde passa, o espetáculo “Rubem Braga – A Vida em Voz Alta” convida o público a entrar no apartamento do famoso escritor capixaba e viajar com ele por meio de recordações sobre velhos amigos e amores, a infância em Cachoeiro e a carreira, como jornalista e cronista.

Estrelada por José Augusto Loureiro, a peça agora convida o público do Extremo Sul do Espírito Santo a conhecer as memórias do “sabiá da crônica” no dia 6 de março (quarta-feira), no Teatro Fernando Torres, em Guaçuí.

A entrada é gratuita, basta retirar seu ingresso antecipadamente AQUI.

Com texto de Duilio Kuster, a peça é construída a partir das crônicas, poemas e trechos biográficos do autor cachoeirense – o maior expoente da literatura capixaba a ganhar o Brasil e o Mundo. No cenário, o palco reproduz o ambiente que seria o apartamento do escritor, proporcionando ao público uma imersão completa em sua vida. Haverá tradução de Língua Brasileira de Sinais (Libras).

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A peça é feita sob direção de Leonardo Magalhães, com supervisão de direção de Charles Fricks e direção de produção de Bruna Dornellas e Wesley Telles, tem patrocínio da ArcelorMittal e está sendo realizado com recursos do Governo do Espírito Santo viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, da Secretaria de Cultura.

O interesse pela realização de tal montagem está ligado ao fato de Rubem Braga ser o escritor capixaba que obteve maior reconhecimento literário em nível nacional, bem como a preocupação inerente dos envolvidos no projeto de se falar da cultura do Estado, pouco conhecida e divulgada para além dos mares daqui.

Além disso, num momento em que o Brasil vive um lamentável período de avanço da desigualdade, do autoritarismo e da intolerância, falar sobre Rubem Braga é também assumir uma posição política contrária a esse quadro desolador.

Seja por meio de suas crônicas ou pela análise de sua biografia, fica claro que o escritor sempre foi um defensor da liberdade e de condições de vida mais dignas para a população brasileira mais simples.

“Rubem Braga – A Vida em Voz Alta”

Tendo por base suas crônicas, poemas e passagens biográficas, o monólogo “Rubem Braga: A Vida em Voz Alta” apresenta o escritor no seu apartamento – em meio a recordações sobre velhos amigos e amores, a infância no interior, a carreira jornalística e literária e a luta contra o autoritarismo – desenvolvendo o que poderia ser a sua crônica derradeira, ou apenas só mais um trabalho.

Contextualizando Rubem Braga

Rubem Braga nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, no dia 12 de janeiro de 1913, em uma família de sete irmãos. Recebeu em casa as primeiras lições, conduzidas pela irmã mais velha. Depois seguiu para Niterói, Rio de Janeiro, entre 1927 e 1928, onde concluiu o curso ginasial.

Em 1929, escreveu suas primeiras crônicas no jornal Correio do Sul, de propriedade de seu pai. Em 1932, formou-se em Direito pela Universidade de Belo Horizonte. Nesse mesmo ano, iniciou uma longa carreira de jornalista, que começou com a cobertura da Revolução Constitucionalista de 32, para um jornal de Belo Horizonte.

Foi também correspondente na Itália durante a II Guerra Mundial, quando cobriu as atividades da Força Expedicionária Brasileira.

Como cronista, escreveu para diversos jornais, mostrando seu estilo irônico, lírico e extremamente bem-humorado. Sabia também ser ácido e escrevia textos duros, defendendo os seus pontos de vista. Fazia crítica social, denunciava injustiças e combatia governos autoritários.

Foi preso duas vezes durante o Estado Novo, por suas crônicas contra o regime. Foi investigado durante a ditadura militar por criticar a liberdade de imprensa e a violência praticada em nome da revolução.

Rubem Braga reuniu suas crônicas em diversos livros, entre eles: “O Conde e o Passarinho” (1936), “O Morro do Isolamento” (1944), ”Ai de Ti Copacabana” (1960), “A Traição das Elegantes” (1967), “Recado de Primavera” (1984), “Crônicas do Espírito Santo” (1984), “O Verão e as Mulheres” (1986) e “As Boas Coisas da Vida” (1988).

A crônica é definida por Rubem Braga como “essa faculdade de dar um sentido solene e alto às palavras de todo dia”. A formulação se aplica perfeitamente à sua própria obra: desde os seus primeiros textos, ele soube extrair experiências reflexivas universais de fatos cotidianos, fundadas no lirismo.

Nos últimos tempos, publicava suas crônicas, aos sábados, no jornal O Estado de São Paulo.

Foram 62 anos de jornalismo e mais de 15 mil crônicas escritas. Rubem faleceu, no Rio de Janeiro, no dia 19 de dezembro de 1990.

SERVIÇO

  • “Rubem Braga – A vida em Voz Alta”
  • Cidade: Guaçuí – ES
  • Dia: 6 de março de 2024
  • Local: Teatro Municipal Fernando Torres (Avenida Governador Francisco Lacerda Aguiar, S/N, Guaçuí/ES)
  • Horário: às 14h
  • Entrada Gratuita
  • Retirada de ingresso online: https://www.sympla.com.br/evento/rubem-braga-a-vida-em-voz-alta/2337241
  • Gênero: Drama
  • Classificação: Livre
  • Duração: 60 Minutos

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