Turismo

Explore as Ruínas do Queimado: história viva do Espírito Santo

Localizado em Serra, no Espírito Santo, o sítio é um verdadeiro museu a céu aberto que guarda a memória da resistência negra no Estado

Por Pammela Volpato

2 mins de leitura

em 08 de maio de 2025, às 15h38

Foto: Everton Nunes / Secom-PMS
Foto: Everton Nunes / Secom-PMS

Se você curte turismo cultural com história, emoção e conexão com as raízes do Brasil, coloque as Ruínas de São José do Queimado na sua lista! Localizado em Serra, no Espírito Santo, o sítio é um verdadeiro museu a céu aberto que guarda a memória da resistência negra no estado.

O espaço foi restaurado em 2020 e hoje encanta visitantes com sua atmosfera única e paisagem histórica. Lá, é possível conhecer as ruínas da antiga igreja, um cemitério histórico e todo o entorno preservado, que forma o Sítio Histórico São José do Queimado — tombado pelo Iphan.

Além da importância histórica, o local se tornou ponto de encontro para quem busca experiências de aprendizado, reflexão e conexão com o passado. O cenário é ideal para caminhadas, passeios educativos, trilhas culturais e até momentos de contemplação em meio à natureza.

Mais que um monumento, é um espaço vivo de memória, cultura e inclusão, aberto para turistas, estudantes, pesquisadores e apaixonados por história. Um passeio imperdível para quem quer viver o Espírito Santo além das praias.

Sobre Queimado

Localizado a cerca de 25 quilômetros da capital, Vitória, o sítio histórico do Queimado foi palco do principal movimento contra a escravidão no Espírito Santo, a Insurreição do Queimado.

Em 19 de março de 1849, escravos da localidade de São José do Queimado, na Serra, se revoltaram por causa de uma promessa do frei italiano Gregório José Maria de Bene: se os escravos construíssem a igreja de São José, teriam alforria, mas isso não aconteceu.

Mais de 300 homens, mulheres e até crianças participaram da rebelião, capitaneada por Chico Prego, João da Viúva, Elisiário e muitos outros líderes que articularam seu povo para tomar a liberdade com as próprias mãos.

A insurreição foi um movimento tão forte que, para contê-la, foram necessárias forças vindas do Estado do Rio de Janeiro, além das capixabas.

Os rebelados foram presos e julgados, cinco deles condenados à morte. Um dos líderes da Revolta, Elisiário, escapou da cadeia e refugiou-se nas matas do Morro do Mestre Álvaro e nunca mais foi recapturado. Chico Prego foi capturado e enforcado, em 11 de janeiro de 1850.  Hoje, ele nomeia a Lei de Incentivo Cultural do Município da Serra.

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