Saúde e Bem-estar

Agora é lei: mamografia no SUS começa aos 40 anos

O SUS amplia mamografia para mulheres mais jovens e amplia ações de tratamento contra câncer.

Beatriz Fraga Beatriz Fraga

A foto mostra exame de mamografia
FOTO: Redes Sociais

O Ministério da Saúde anunciou mudanças importantes na prevenção do câncer de mama no Brasil. A partir de agora, mulheres entre 40 e 49 anos poderão realizar mamografias pelo SUS, mesmo sem sintomas ou histórico familiar da doença. A decisão amplia o acesso ao diagnóstico precoce e busca reduzir, dessa forma, mortes em uma faixa etária que concentra 23% dos casos.

A medida segue recomendações internacionais e reforça o compromisso com a saúde da mulher. Antes, o exame no SUS exigia histórico familiar ou sinais clínicos. No entanto, dados mostraram que 30% das mamografias já eram feitas em mulheres abaixo dos 50 anos, ultrapassando 1 milhão de exames em 2024. Agora, a política se oficializa e se soma à ampliação do rastreamento até 74 anos, grupo que reúne quase 60% dos diagnósticos.

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Sintomas de alerta para o câncer de mama

Entre os principais sinais estão nódulos duros e irregulares, retração da pele, secreção no mamilo, dor e inchaço com aspecto de casca de laranja. Identificar precocemente esses sintomas aumenta as chances de cura e reduz complicações graves.

Carretas móveis e medicamentos inovadores

O governo também lançou o programa Agora Tem Especialistas. Com 27 carretas, a iniciativa levará mamografia, ultrassonografia, biópsias e consultas por telemedicina a 22 estados. A meta é realizar 120 mil procedimentos em outubro.

Além disso, o SUS incluirá novos medicamentos, como o trastuzumabe entansina e os inibidores de ciclinas, indicados para câncer de mama avançado. O ministério negociou até 50% de desconto, garantindo acesso a terapias modernas antes restritas a países ricos.

Compromisso com a prevenção

Segundo o ministro Alexandre Padilha, a estratégia fortalece o Inca e cria uma rede pública de prevenção sem precedentes. O plano também prevê a atualização de guias clínicos e a capacitação de agentes comunitários, garantindo maior alcance e eficiência no rastreamento.

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