Autismo: nova diretriz alerta sobre terapias sem comprovação científica
Nova diretriz sobre autismo orienta diagnóstico precoce e alerta contra terapias sem comprovação.

A Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI) lançou uma nova diretriz para orientar o diagnóstico e o tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O documento, publicado em setembro, reúne avanços científicos e recomenda práticas baseadas em evidências, além de alertar sobre terapias sem comprovação, como ozonioterapia, dietas restritivas, suplementações sem prescrição e o uso indiscriminado de canabidiol.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiDiagnóstico clínico e atenção precoce
O diagnóstico do autismo permanece clínico e depende da observação comportamental, histórico familiar e entrevistas com cuidadores. Conforme a SBNI, os sinais podem aparecer nos primeiros meses de vida, como pouca vocalização e ausência de contato visual. Detectar o autismo cedo favorece o desenvolvimento da criança e a adoção de estratégias terapêuticas mais eficazes.
Ferramentas de triagem, como o M-CHAT e o SCQ, auxiliam na identificação de riscos, mas não substituem a avaliação médica. Além disso, a diretriz reforça a importância do exame neurológico e de exames genéticos em casos específicos, como epilepsia ou histórico familiar.
Leia também – Autismo e triagem obrigatória médica estudados no PROINTEC 2025
Tratamentos eficazes e terapias a evitar
As abordagens com eficácia comprovada incluem a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), associada à fonoterapia e à terapia ocupacional com integração sensorial. Uma equipe multidisciplinar deve conduzir o tratamento com atenção específica.
A SBNI alerta que terapias sem comprovação científica podem atrasar o tratamento e gerar prejuízos. A entidade também reforça que vacinas não causam autismo e devem ser mantidas conforme o calendário nacional.
Com informações do portal Metrópoles.