Saúde e Bem-estar

Cobrança e padrões irreais ameaçam saúde mental dos jovens

Pressão, comparações e padrões irreais afetam a saúde mental de jovens e elevam risco de suicídio.

Beatriz Fraga Beatriz Fraga

A foto mostra Setembro Amarelo
Foto: Divulgação

No mês do Setembro Amarelo, o neuropsicólogo Eduardo Shinyashiki alerta que a pressão por produtividade e a comparação nas redes sociais afetam gravemente a saúde mental dos jovens. Dados da OMS de 2024 mostram que o suicídio é a quarta maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos. Essa realidade evidencia que cada perda representa não apenas vidas, mas também sonhos e potenciais futuros. A falta de sentido e o desamparo emocional aumentam o risco de comportamentos autodestrutivos. Além disso, críticas constantes e experiências de desamor amplificam sentimentos de inadequação.

Shinyashiki explica que jovens atualmente sofrem com três vírus mentais: sentir que não importam, acreditar que não receberão ajuda e achar que nunca são bons o suficiente. Esses pensamentos levam, desse modo, à autoexclusão e à solidão, momentos críticos em que o suicídio pode surgir como alternativa. A pressão social e a escolar, combinadas, assim, à cobrança por perfeição, intensifica a vulnerabilidade emocional. Cada jovem exposto a esses padrões corre risco de internalizar a culpa e a frustração, tornando urgente a discussão sobre prevenção e cuidado.

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Redes sociais e a síndrome do sapato apertado

Segundo Shinyashiki, redes sociais criam padrões irreais e tóxicos. Ele chama de “síndrome do sapato apertado” a tentativa de se encaixar em espaços que não respeitam a autenticidade individual. Jovens permanecem em relacionamentos ou empregos prejudiciais, esperando reconhecimento que nunca vem, comprometendo autoestima e confiança.

Caminhos de reconexão e prevenção

O neuropsicólogo recomenda práticas de autoconhecimento e valorização pessoal, destacando autoestima, autoconfiança e inteligência emocional. Ele enfatiza pedir ajuda como passo essencial, lembrando que o CVV oferece apoio gratuito 24h pelo 188 ou pelo site cvv.org.br. Reconectar-se consigo e buscar suporte protege vidas e fortalece a saúde mental.

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