Saúde e Bem-estar

Gestante, anote aí: vacina contra bronquiolite está chegando; saiba mais

SUS vai oferecer vacina para gestantes e proteger bebês do vírus sincicial respiratório.

Beatriz Fraga Beatriz Fraga

A foto mostra gestante sendo preparada para receber vacina contra bronquiolite
FOTO: Freepik

De acordo com planejamento, o Ministério da Saúde anunciou que, a partir de novembro de 2025, o SUS passará a disponibilizar a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador de bronquiolite e pneumonia em bebês. A aplicação do imunizante ocorrerá em gestantes entre a 32ª e a 36ª semana de gravidez, garantindo, desse modo, a transferência de anticorpos para os recém-nascidos e protegendo-os nos primeiros meses de vida, quando o risco de complicações respiratórias é maior.

Conforme a pasta, a vacina tem eficácia de cerca de 82% na prevenção de hospitalizações por VSR em bebês menores de seis meses. A expectativa é, assim, evitar aproximadamente 28 mil internações por ano e beneficiar cerca de 2 milhões de crianças em todo o Brasil. A estratégia será priorizar municípios com maior número de nascimentos e histórico de casos graves da doença.

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Como será a vacinação no Brasil

O imunizante estará incluído no calendário do SUS para gestantes. As doses iniciais serão disponibilizadas, principalmente, em novembro, com início previsto para a segunda quinzena do mês. A vacina é fruto de parceria entre o Instituto Butantan e a Pfizer, com previsão de produção local a partir de 2026.

O que é o VSR e seus riscos

O vírus sincicial respiratório é responsável por até 75% dos casos de bronquiolite em crianças menores de dois anos. Com isso, gera cerca de 40% das pneumonias infantis. A transmissão ocorre rapidamente por gotículas de tosse, espirro ou contato com superfícies contaminadas.

Os sintomas vão de coriza e tosse a dificuldade respiratória e chiado no peito. Bebês prematuros ou com doenças crônicas apresentam maior risco de hospitalização e complicações graves. Em 2023, o Brasil registrou 247 mil episódios de síndrome respiratória aguda grave. Dessas, 26% foram associados ao VSR, incluindo 889 mortes entre crianças de até um ano.

Prevenção antes da vacina

Até o início da vacinação, a proteção contra o vírus dependia de cuidados básicos. Lavar as mãos, evitar contato com pessoas gripadas, higienizar superfícies e redobrar atenção em creches e hospitais ajudava a reduzir os riscos.

A chegada da vacina representa um marco na proteção infantil e reforça a importância de cuidar da saúde desde a gestação, prevenindo doenças graves e salvando vidas.

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