HIV: Brasil avança na eliminação da transmissão vertical – verifique
Brasil busca certificação internacional por eliminar a transmissão do HIV de mãe para filho com taxa abaixo de 2%.

O Brasil deu um passo histórico nesta semana. Durante um congresso sobre HIV e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), no Rio de Janeiro, o país formalizou o pedido à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para obter o certificado de eliminação da transmissão vertical do HIV — ou seja, de mãe para filho.
Números que sustentam o pedido relativo à HIV
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou em 2023 uma taxa de transmissão inferior a 2%. Além disso, a incidência de HIV em crianças caiu para menos de 0,5 caso por mil nascidos vivos. Esses indicadores atendem aos critérios técnicos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a certificação internacional.
Ações que impulsionaram os resultados
Entre os principais avanços, destaca-se a ampla cobertura de pré-natal, que atingiu 95% das gestantes com pelo menos uma consulta em 2023. A mesma taxa se repetiu na testagem para HIV e no tratamento imediato das gestantes diagnosticadas.
O país também adotou testes rápidos do tipo duo, que identificam simultaneamente HIV e sífilis. Com isso, os profissionais aceleram o diagnóstico e o início do tratamento ainda durante o pré-natal, reduzindo drasticamente o risco de transmissão.
Compromisso com metas até 2030
Essa conquista integra o programa Brasil Saudável, que pretende eliminar a transmissão vertical de outras doenças, como sífilis, hepatite B, doença de Chagas e HTLV, até 2030.
Além disso, o país registrou uma queda consistente na mortalidade por aids, com 3,9 óbitos por 100 mil habitantes — o menor índice desde 2013.
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