Intestino irritável: estudo revela que metade dos pacientes tem ansiedade
Estudo mostra que metade dos pacientes com intestino irritável tem ansiedade. Diagnóstico precoce e tratamento individualizado ajudam no controle.

A Síndrome do Intestino Irritável (SII) afeta milhões de brasileiros e vai além do sistema digestivo. Um estudo divulgado nesta terça-feira (2/9) mostrou que 56% dos pacientes diagnosticados convivem com ansiedade e 32% apresentam também depressão. De acordo com a pesquisa nacional, conduzida pelo Instituto Inception e pela Apsen em parceria com o Núcleo de Avaliação Funcional do Aparelho Digestivo (Nafad), uma entrevista com 667 pessoas de todas as regiões do país reforçou a forte ligação entre cérebro e intestino.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiO levantamento alerta ainda para um problema recorrente: o diagnóstico tardio. O tempo médio para confirmar a SII chega a 14 meses, período em que o paciente enfrenta, assim, dores recorrentes e insegurança emocional. Conforme a área de gastroenterologia, reconhecer sinais precoces do intestino irritávelé essencial: Se a dor abdominal persiste pelo menos uma vez por semana, associada a alterações no hábito intestinal, já há dados objetivos para diagnóstico. Para ele, assumir parte da jornada e identificar gatilhos alimentares, emocionais ou de estilo de vida faz diferença.
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Sintomas mais comuns e impacto emocional
A SII é um distúrbio funcional do intestino, sem causa orgânica definida, mas fortemente associado à microbiota e a fatores emocionais, como ansiedade e estresse. Embora não tenha cura, pode ser controlada com tratamento médico, dieta equilibrada e mudanças no estilo de vida. Entre os sintomas mais relatados estão dor abdominal que melhora após evacuar, diarreia ou constipação, inchaço, gases frequentes, urgência para evacuar e sensação de evacuação incompleta.
Caminhos para o tratamento e bem-estar
Especialistas defendem um acompanhamento individualizado, que considere tanto a saúde física quanto a mental. Adotar hábitos saudáveis, cuidar da alimentação e buscar apoio psicológico ajudam a reduzir crises e melhorar a qualidade de vida. Com informação e diagnóstico precoce, pacientes podem retomar o equilíbrio e conviver melhor com a doença.