Saúde e Bem-estar

Obesidade infantil cresce no Brasil e já afeta milhões de jovens

A obesidade infantil cresce no Brasil e já afeta 1 em cada 3 jovens, impulsionada pelo consumo de ultraprocessados e pela falta de políticas efetivas.

Beatriz Fraga Beatriz Fraga

A foto mostra criança obesa
Foto: Envato Elements

A obesidade infantil já se tornou um dos maiores desafios de saúde pública do século. O problema atinge países ricos e pobres, sem distinção. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que, até 2030, mais de 250 milhões de crianças e adolescentes podem enfrentar excesso de peso. Esse dado preocupa porque o impacto vai muito além da infância. Sem mudanças rápidas, essa geração crescerá, desse modo, com riscos elevados de diabetes, doenças cardíacas e expectativa de vida reduzida.

No Brasil, a realidade acompanha a tendência global. Um em cada três jovens entre 10 e 19 anos apresenta sobrepeso ou obesidade, de acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). Entre 2014 e 2024, os números saltaram quase 9%, chegando a 2,6 milhões de casos. A situação se espalha pelo país, mas com diferenças regionais marcantes. No Sul, 37% dos adolescentes têm excesso de peso, enquanto no Norte o índice cai para 27%. São Paulo concentra mais de 76 mil jovens nessa condição, seguido por Rio de Janeiro e Manaus.

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Fatores e consequências

Especialistas apontam que o consumo crescente de ultraprocessados é um dos principais vilões. Esses produtos custam menos que frutas e verduras, o que dificulta a escolha saudável das famílias. Os pediatras lembram que a escola exerce papel decisivo. Atividades físicas, alimentação equilibrada e menos tempo diante das telas fazem, dessa forma, diferença. Porém, cantinas e comércios próximos ainda oferecem refrigerantes e salgadinhos em excesso.

Caminhos para prevenção

O combate à obesidade infantil exige mais que esforço familiar. Políticas públicas, regulação da publicidade, taxação de ultraprocessados e ampliação do acesso a alimentos saudáveis são medidas urgentes. A prevenção deve ser encarada como prioridade nacional para proteger as próximas gerações.

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