Omeprazol causa demência? Entenda os riscos do uso contínuo
Omeprazol provoca demência? Leia e fique por dentro dessa polêmica.

O uso contínuo de omeprazol levantou suspeitas sobre uma possível ligação com demência e Alzheimer. Pesquisas iniciais, como o estudo alemão de 2014 publicado no JAMA Neurology, observaram maior incidência de declínio cognitivo em idosos usuários de inibidores de bomba de prótons (IBPs).
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiNo entanto, estudos posteriores, incluindo uma pesquisa finlandesa de 2017 com mais de 250 mil pacientes, não confirmaram a associação. De acordo com especialistas, os primeiros trabalhos eram observacionais e não provavam relação de causa e efeito.
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Uso contínuo exige atenção
Embora não cause perda cognitiva direta, o uso prolongado de omeprazol pode gerar efeitos indiretos:
- Redução da absorção de vitamina B12, ferro e magnésio;
- Possíveis sintomas de fadiga, formigamento e lapsos de memória;
- Aumento do risco de infecções intestinais;
- Alterações na microbiota intestinal;
- Maior vulnerabilidade em idosos e pacientes polimedicados.
Especialistas recomendam reavaliação médica periódica, ajuste de doses e uso pelo menor tempo possível.
Quem deve ter cuidado
O acompanhamento deve ser individualizado, considerando:
- Idade avançada e comorbidades;
- Uso de múltiplos medicamentos;
- Histórico de deficiência nutricional;
- Necessidade clínica real para manutenção do IBP.
Exames de rotina, como dosagem de vitamina B12, magnésio e densitometria óssea, ajudam a prevenir complicações.
O omeprazol, dessa forma, permanece seguro quando utilizado corretamente. A chave está na supervisão médica, na menor dose necessária e na avaliação contínua dos efeitos sobre a absorção de nutrientes. O medicamento não causa demência, mas o uso indiscriminado pode trazer riscos sistêmicos e nutricionais.
Com base em informações do portal Globo.