Saúde e Bem-estar

SBC endurece diretrizes e redefine limites para controle do colesterol no Brasil

SBC atualiza diretrizes mais rígidas contra o colesterol. Confira.

Beatriz Fraga Beatriz Fraga

A foto mostra exame de sangue para detectar nível de colesterol.
FOTO: Freepik

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) atualizou suas diretrizes sobre colesterol e prevenção de doenças cardiovasculares. As novas recomendações endurecem, desse modo, os limites de LDL e introduzem a categoria de risco extremo, voltada a pacientes com eventos recorrentes, evolução rápida da aterosclerose ou condições associadas graves. Pela primeira vez, também passa a ser indicada a dosagem da lipoproteína(a), conhecida como Lp(a).

Essas mudanças chegam em um cenário preocupante. O colesterol alto é um dos principais fatores de risco para aterosclerose, doença marcada pelo acúmulo de gordura nas artérias. Essa condição aumenta principalmente a chance de infarto e acidente vascular cerebral. De acordo com epecialistas, muitos brasileiros ainda não conseguem alcançar metas adequadas de controle, o que reforça a necessidade de ajustes nas estratégias de prevenção e tratamento.

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Novos limites e exames obrigatórios

As diretrizes agora determinam que pessoas de baixo risco cardiovascular mantenham LDL abaixo de 115 mg/dL. Já quem se enquadra na nova categoria de risco extremo deve atingir níveis inferiores a 40 mg/dL. Esses pacientes precisam, assim, de acompanhamento constante, metas rígidas e início precoce de terapia combinada, defende a SBC.

Outro avanço é a recomendação inédita de medir ao menos uma vez na vida a Lp(a). Esse marcador, de forte influência genética, pode reclassificar o risco cardiovascular, mesmo em indivíduos sem fatores tradicionais aparentes.

Estratégias de tratamento e prevenção

O documento também sugere o uso mais amplo de terapias combinadas. Médicos devem prescrever estatinas com ezetimiba desde o início em casos de maior risco, porque reduzem mais o LDL e aumentam a proteção contra infarto e AVC.

Conforme a Associação Brasileira de Nutrologia, o colesterol não deve ser visto apenas como vilão. Ele participa da produção de hormônios, compõe células e auxilia na digestão. O problema ocorre quando há desequilíbrio, muitas vezes silencioso, que só pode ser detectado, desse modo, por exame de sangue.

Com as novas diretrizes, a expectativa da SBC é ampliar a prevenção, reduzir a mortalidade e melhorar o controle do colesterol no Brasil.

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