O Brasil ocupa uma das primeiras posições no ranking de tempo de uso de dispositivos eletrônicos, com uma média de 9 h diárias de navegação na internet, segundo dados do Governo Federal. O uso excessivo de telas pode prejudicar crianças e jovens. Esse hábito, que já vinha crescendo, aumentou ainda mais com a pandemia. Durante esse período, as telas passaram a ser essenciais, não apenas para o entretenimento, mas também para estudos e trabalho.

Riscos e recomendações

Como resultado, a rotina de crianças e adolescentes foi alterada. O uso excessivo de tecnologias digitais impacta diretamente a forma como esses jovens vivem sua infância e adolescência, afetando suas atividades recreativas e a interação social.

Embora os efeitos a longo prazo sejam desconhecidos, pesquisas alertam sobre os riscos da exposição excessiva às plataformas digitais. Em 2023, a Associação Psicológica Americana recomendou que os responsáveis monitorem adolescentes de 10 a 14 anos durante uso de celulares.

Consequências para o desenvolvimento infantil e adolescente

De acordo com pediatras, o acesso precoce a dispositivos pode prejudicar o desenvolvimento da fala, linguagem e habilidades sociais. O uso excessivo de telas também afeta o sono e contribui para transtornos mentais precoces, como ansiedade e depressão.

Para os adolescentes, o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode intensificar o risco de isolamento social, vícios em jogos, e aumento de comportamentos agressivos e impulsivos. A falta de interação social presencial e a dependência de redes sociais pode afetar a saúde mental e o bem-estar emocional desses jovens.

Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria

• Evitar o uso de telas em crianças menores de 2 anos.
• Limitar o tempo de telas para todas as idades, com supervisão constante.
• Limite de tempo recomendado:
  • Até 1h/dia para crianças de 2 a 5 anos.
  • 1-2h/dia para crianças de 6 a 10 anos.
  • 2-3h/dia para adolescentes.

Dicas adicionais

Evite o uso de telas durante as refeições e incentive atividades alternativas, como brincadeiras ao ar livre, esportes e leitura. A supervisão dos responsáveis é fundamental para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes.

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