Existe vape saudável? O uso do vape, cigarro eletrônico, aumentou entre os jovens durante a pandemia e seu consumo continua crescendo entre eles. Ao focar o uso, é preciso considerar riscos e cuidados. Esse produto não é inofensivo, como afirmam as indústrias.

Nos últimos dias, viralizou, nas redes sociais, o vape saudável. Segundo propagandas, ele não conteria nicotina, mas concentrados vitamínicos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe, totalmente, a divulgação e a comercialização de todo tipo de cigarro eletrônico. Em nota, a agência ratificou a proibição desse produto e acrescentou que não há comprovação científica ou regularização para ele circular no mercado brasileiro.

Segundo o pneumologista Dr. Leandro Baptista, referência na área, em Cachoeiro: “Cigarros eletrônicos são uma ameaça à saúde, principalmente de jovens que, muitas vezes, se veem atraídos por esses dispositivos. Eles contêm nicotina e inúmeras outras substâncias tóxicas. A nicotina pode causar dependência, como um cigarro normal, afetando, de forma grave, o sistema respiratório. Além disso, o vape pode: piorar o controle de doenças preexistentes, como asma; afetar seriamente a saúde bucal, intensificando o risco de cáries e de outros problemas; aumentar o risco de câncer de pulmão e de doenças cardiovasculares, como arritmias cardíacas, infarto e acidentes vasculares cerebrais.

Vape: cuidados

Segundo Dr. Leandro Baptista, a dica aqui é não fumar, não usar cigarro eletrônico. Quem estiver dependente do uso desse dispositivo deve procurar ajuda médica, imediatamente, porque há medicações que ajudam a tratar a síndrome da abstinência, otimizando o não uso do vape, contribuindo, assim, para uma vida mais saudável.

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