Saúde e Bem-estar

Vença a desinformação: vacina contra HPV combate câncer de útero

A vacinação contra o HPV é o primeiro passo para garantir que o câncer de colo do útero deixe de ser uma ameaça. A ação é simples: vacine-se e incentive jovens e adolescentes a se imunizarem.

Por Redação

3 mins de leitura

em 10 de mar de 2025, às 17h01

FOTO: Freepik
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O câncer de colo do útero é uma ameaça real para mulheres em todo o mundo, mas existe uma solução comprovada para reduzir esse risco de forma eficaz: a vacina contra o HPV (papilomavírus humano). Com a adesão à imunização, podemos transformar o futuro da saúde feminina e eliminar esse câncer como um problema de saúde pública.

A realidade atual: desafios e previsões

Em 2025, o Brasil deve registrar mais de 17 mil novos casos de câncer cervical, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Hoje, aproximadamente 10 milhões de pessoas estão infectadas com o HPV no país, com cerca de 700 mil novos casos anualmente. Esses números ressaltam a urgência em investir na prevenção.

O impacto positivo da vacinação

De acordo com pesquisas, a vacinação contra o HPV reduz drasticamente a incidência de infecções e lesões pré-cancerígenas. Países como Austrália e Reino Unido, que possuem alta adesão à vacina, já observam uma queda significativa nos casos de câncer de colo do útero. Um estudo de 2024 publicado no British Medical Journal mostrou que a vacina reduziu em 83,9% os casos de câncer cervical e em 94,3% as lesões de alto grau em mulheres vacinadas.

O caminho para erradicar a doença

A vacinação é a chave para erradicar o câncer cervical. Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2024, o Brasil atingiu 85% da meta de vacinação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estipula 90% de cobertura vacinal entre meninas e meninos de 9 a 14 anos. Além disso, a OMS estabeleceu um objetivo ambicioso: erradicar o câncer de colo do útero até o final do século, com foco na vacinação, rastreamento regular e tratamento precoce.

Desafios a serem superados

Apesar do progresso, o Brasil enfrenta obstáculos. A desinformação sobre as vacinas, amplificada pelas fake news, continua a gerar hesitação, especialmente entre pais e responsáveis. Além disso, a taxa de vacinação de meninos é 24% menor que a das meninas, dificultando a redução do vírus.

Rumo à eliminação: o papel do rastreamento

Além da vacinação, o rastreamento regular com exames preventivos, como o Papanicolau e o teste de HPV, é essencial para detectar alterações precoces no colo do útero. Esses exames ajudam a tratar lesões antes que evoluam para um câncer. A ampliação desse rastreamento, especialmente entre adolescentes, é fundamental para a eliminação da doença.

O futuro é promissor

Com a ciência ao nosso favor, o futuro da saúde feminina é promissor. A vacinação contra o HPV é o primeiro passo para garantir que o câncer de colo do útero deixe de ser uma ameaça. A ação é simples: vacine-se e incentive jovens e adolescentes a se imunizarem. O caminho para erradicar essa doença já está traçado. Só precisamos percorrê-lo com determinação.

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