Violência obstétrica: o que ninguém te conta sobre o parto
Casos de violência obstétrica revelam falhas graves em partos no Brasil. Conheça os sinais, saiba como denunciar e proteja seus direitos como gestante.

Casos recentes envolvendo a médica influencer Anna Beatriz Herief reacenderam o alerta sobre a violência obstétrica no Brasil. Após diversas denúncias, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro suspendeu, assim, seu registro profissional. Mesmo assim, a médica nega as acusações e afirma que os procedimentos seguiam protocolos comuns ao parto.
Entre os relatos, destaca-se o da nutricionista Roberta Rodrigues Mendes, que precisou passar por uma cesariana de emergência. Durante o procedimento, uma artéria foi costurada ao ureter — canal responsável por ligar os rins à bexiga. O erro provocou, dessa forma, dores intensas e complicações graves após a alta hospitalar.
O que caracteriza a violência obstétrica
A violência obstétrica vai além da agressão física. Ela pode assumir diversas formas e afeta mulheres em diferentes fases da gestação. A seguir, veja os principais sinais de alerta:
- Comentários constrangedores ou autoritários durante o atendimento;
- Realização de procedimentos sem autorização ou consentimento da gestante;
- Negligência, omissão de cuidados ou intervenções desnecessárias;
- Recusa de atendimento adequado, inclusive durante o pós-parto;
- Impedimento da presença de acompanhantes, o que contraria a legislação vigente.
Como agir diante dessa situação?
A denúncia é fundamental para combater esse tipo de abuso. Veja os passos recomendados:
- Solicite prontuários e registros médicos (é seu direito);
- Reúna fotos, vídeos ou gravações do parto, se disponíveis;
- Registre a denúncia, principalmente, nos canais oficiais: Disque 180, Ouvidoria do SUS, CRM, Ministério Público e Ministério da Saúde;
- Busque orientação jurídica para acionar os responsáveis por danos morais e materiais.
Como prevenir casos de violência obstétrica?
A prevenção começa, nesse sentido, com o conhecimento. Por isso, adotar medidas antecipadas faz toda a diferença:
- Elabore um plano de parto e compartilhe com a equipe médica;
- Informe-se sobre seus direitos durante o pré-natal;
- Exija a presença de um acompanhante de confiança;
- Participe de cursos de educação perinatal para entender cada etapa do parto;
- Mantenha diálogo aberto com os profissionais de saúde.
A violência obstétrica é uma realidade que precisa ser enfrentada com informação, denúncia e empoderamento. Garantir partos seguros e respeitosos não é um favor — é um direito de todas as mulheres.
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