Saúde e Bem-estar

Cegueira e morte: o que ninguém te contou sobre as bebidas falsas

Mortes por bebidas falsificadas reforçam alerta sobre necessidade de maior controle e de prevenção.

Beatriz Fraga Beatriz Fraga

A foto alude à bebida falsificada
FOTO: Freepik

O consumo de bebidas adulteradas com metanol resultou em duas mortes em São Paulo e trouxe à tona um alerta nacional. A situação mobilizou a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) e a Associação Brasileira de Neuro-oftalmologia (ABNO), que divulgaram notas oficiais de preocupação. De acordo com as entidades, houve necessidade de reforço sobre os riscos da intoxicação e pedido de maior atenção ao combate do mercado ilegal de bebidas.

A Abrabe manifestou, desse modo, solidariedade às vítimas e destacou o trabalho contínuo contra a falsificação e venda de produtos ilícitos. A associação informou que, somente em 2025, as apreensões ultrapassaram 160 mil itens falsificados, incluindo insumos e equipamentos. Além disso, reforçou o compromisso com a proteção do consumidor e o apoio às autoridades para preservar a segurança da população.

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Riscos graves do metanol: de intoxicação à cegueira irreversível

A ABNO destacou que o metanol pode causar neuropatia óptica, uma condição grave que leva à perda irreversível da visão. Conforme a associação, os primeiros sintomas podem surgir entre 12 e 24 horas após a ingestão. Entre eles estão dor de cabeça, náusea, vômito, dor abdominal, confusão mental e visão turva repentina. Em casos mais severos, a exposição pode resultar em cegueira permanente.

Médicos realizam o diagnóstico por meio da análise clínica e de exames de sangue e imagem. O tratamento, que precisa ser imediato, inclui antídotos como etanol venoso, bicarbonato para correção da acidez, suplementação de vitaminas e, nos quadros graves, hemodiálise para eliminar o veneno.

Ações urgentes para proteger a população

Bebidas adulteradas com metanol intoxicaram nove pessoas nos últimos 25 dias e causaram duas mortes. A gravidade do cenário levou a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e o Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP) a emitirem recomendações urgentes para estabelecimentos do setor. As entidades reforçam medidas de prevenção e protegem a saúde pública contra novas ocorrências.

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