A hipertensão arterial, ou pressão alta, é uma doença silenciosa e extremamente perigosa, responsável por muitas mortes no Brasil. Embora não apresente sintomas evidentes, ela afeta cerca de 60% dos casos de infarto e 80% dos de AVC. A falta de diagnóstico precoce é um grande problema, já que muitas pessoas convivem com a condição sem saber.

Medicamentos que podem provocar hipertensão

Certos medicamentos amplamente usados no cotidiano podem agravar a hipertensão sem que você perceba. Os três principais responsáveis por esse efeito são os anti-inflamatórios, os descongestionantes nasais e os anticoncepcionais hormonais com estrogênio.

1. Anti-inflamatórios: Medicamentos como nimesulida e ibuprofeno são usados para aliviar dores comuns, mas podem elevar a pressão arterial. Esses fármacos bloqueiam a produção de prostaglandinas, substâncias responsáveis por dilatar as artérias. Sem elas, as artérias ficam mais contraídas, dificultando a circulação sanguínea e aumentando a pressão. Além disso, os anti-inflamatórios afetam o funcionamento dos rins, órgãos essenciais na regulação da pressão arterial.
2. Descongestionantes nasais: Muitos descongestionantes, especialmente os que contêm corticoides, podem aumentar a pressão arterial se usados em excesso. O corticoide causa vasoconstrição, o que, quando absorvido pelo corpo, pode afetar não só o nariz, mas todo o sistema cardiovascular, elevando a pressão.
3. Anticoncepcionais hormonais: O uso de anticoncepcionais com estrogênio pode aumentar a pressão arterial. Esse efeito ocorre devido à retenção de líquidos e à vasoconstrição nos vasos sanguíneos. Mulheres com hipertensão diagnosticada ou que desconhecem a condição devem monitorar a pressão regularmente.

Cuidados e prevenção

Embora a hipertensão não tenha cura, ela pode ser controlada com o acompanhamento médico adequado, mudanças no estilo de vida e o uso correto de medicamentos. O monitoramento regular da pressão arterial, especialmente a partir dos 40 anos, é essencial para detectar precocemente qualquer alteração e evitar complicações graves, como infartos e AVCs.

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