Saúde e Bem-estar

Dieta mediterrânea: protege coração e saúde mental; veja dica brasileira

A dieta mediterrânea protege o coração e pode melhorar a saúde mental, segundo estudo brasileiro com 199 adultos.

Beatriz Fraga Beatriz Fraga

A foto mostra dieta mediterrânea
FOTO: Dieta mediterrânea

A dieta mediterrânea, conhecida por reduzir riscos cardiovasculares, vem ganhando espaço também como parceira da saúde mental. Seu padrão alimentar, baseado em ingredientes frescos e nutritivos, já é estudado há anos pela ciência. Agora, novas pesquisas apontam que seus benefícios não se limitam apenas ao coração. Essa alimentação equilibrada pode favorecer a mente e contribuir para mais qualidade de vida. Assim, corpo e mente caminham juntos em busca de equilíbrio.

Conforme estudo brasileiro publicado no Mediterranean Journal of Nutrition and Metabolism, especialistas reforçam essa relação positiva. A pesquisa destaca que hábitos alimentares saudáveis influenciam diretamente o bem-estar emocional. A dieta mediterrânea, rica em vegetais, peixes, azeite e grãos integrais, mostra-se eficaz na prevenção de transtornos ligados ao estresse. Dessa forma, a ciência amplia a visão sobre o impacto da comida no humor. Mais do que nutrição, trata-se de saúde integral.

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Dieta mediterrânea viável para brasileiros

Para exemplificar, seguem alimentos que fazem parte da dieta mediterrânea, com preços mais justos ao orçamento brasileiro classe média baixa:

  • Azeite de oliva → pode ser usado em pequenas quantidades, substituindo óleo de soja em saladas e preparações frias.
  • Peixes → sardinha (fresca ou enlatada) é a opção mais barata e rica em ômega-3.
  • Leguminosas → feijão, lentilha e grão-de-bico são bases acessíveis de proteína vegetal.
  • Grãos integrais → arroz integral, aveia e pão integral (quando possível).
  • Frutas → banana, mamão, laranja, melancia e outras frutas da estação, sempre mais baratas.
  • Verduras e legumes → couve, alface, cenoura, abóbora, tomate e batata-doce, preferindo os da safra.
  • Oleaginosas e sementes → amendoim torrado (mais acessível que nozes e castanhas) e sementes como linhaça.
  • Frango e ovos → usados com moderação, são alternativas econômicas às carnes vermelhas.
  • Água → como principal bebida, evitando refrigerantes e sucos artificiais.

A lógica da dieta mediterrânea é reduzir ultraprocessados e açúcares e valorizar alimentos frescos, sazonais e minimamente processados.

De acordo com pesquisadores, que analisaram hábitos alimentares e indicadores emocionais de 199 adultos atendidos no Brasil, os resultados sugerem que seguir a dieta mediterrânea — baseada em azeite de oliva, peixes, vegetais frescos, grãos integrais e oleaginosas — pode favorecer tanto o equilíbrio físico quanto a estabilidade emocional.

Esse padrão alimentar, rico em nutrientes anti-inflamatórios e antioxidantes, contribui para reduzir processos ligados ao estresse e à ansiedade. Além disso, a combinação de fibras, gorduras boas e vitaminas essenciais parece atuar diretamente no cérebro, fortalecendo funções cognitivas e regulando o humor.

Cada vez mais, evidências científicas confirmam que corpo e mente estão conectados. Cuidar da alimentação, portanto, é também investir em saúde mental. E a dieta mediterrânea surge como uma alternativa prática, saborosa e acessível para quem busca qualidade de vida em todas as dimensões.

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