Machoesfera e adolescentes: saiba como proteger seu filho
A série Adolescência explora como a machosfera, uma rede de comunidades masculinas online, pode influenciar jovens, levando-os a desenvolver ideologias extremas e comportamentos problemáticos.

A série Adolescência, da Netflix, explora o que leva um adolescente de 13 anos a cometer um assassinato, sugerindo, assim, que a machosfera, uma rede de comunidades masculinas online com ideologias extremas e misóginas, pode ser uma das causas. Influenciadores como Andrew Tate ganham notoriedade e espalham essas ideias, alcançando, principalmente, os adolescentes nas redes sociais. Isso destaca a importância de os responsáveis intervirem para promover valores de respeito e igualdade entre os jovens.
Como a machoesfera afeta adoslecentes?
De acordo com especialistas, e esses grupos exploram a vulnerabilidade dos jovens diante de questões sociais e econômicas. Muitos deles encontram, assim, na machosfera uma comunidade que preenche lacunas deixadas por familiares ou a sociedade. Essa falta de apoio pode contribuir para o fortalecimento de ideologias extremas.
Conceitos-chave da tendência
- Incel (celibatário involuntário): São homens que se sentem rejeitados por mulheres e as culpam, por isso, por sua solidão. Muitas vezes, essas comunidades se tornam um caldo de ideias misóginas.
- Red Pill: Referência ao filme Matrix, que simboliza um “despertar” para o entendimento de que as mulheres são culpadas pelas dificuldades que os homens enfrentam, como a falta de relacionamentos e oportunidades.
- Andrew Tate: Influenciador polêmico, Tate promove uma masculinidade tóxica e recebe críticas por suas opiniões misóginas. Ele utiliza plataformas como YouTube para divulgar suas ideias.
- Lei 80/20: A teoria sugere que 80% das mulheres são atraídas por apenas 20% dos homens, uma ideia amplamente criticada por ser baseada em interpretações errôneas de estudos.
Como minimizar danos da machoesfera para adolescentes?
1. Criar um ambiente seguro para diálogo:
- Acima de tudo, proporcione um espaço onde os adolescentes possam expressar suas dúvidas e inseguranças.
- Além disso, aborde questões sobre identidade, autoestima e igualdade de gênero de forma aberta e empática.
2. Explicar o contexto de símbolos e emojis:
- Esteja atento ao uso de emojis e símbolos nas redes sociais, que podem ter significados distorcidos dentro da machosfera.
- Explique o impacto desses símbolos e incentive um comportamento mais respeitoso online.
3. Monitorar o consumo de conteúdos nas redes sociais:
- Acompanhe as redes sociais dos adolescentes e verifique os tipos de conteúdo consumido.
- Esteja ciente dos grupos e influenciadores que eles seguem, e esteja pronto para intervir quando necessário.
4. Promover a educação contínua sobre respeito e igualdade:
- Ensine os valores de respeito mútuo e igualdade de gênero.
- Incentive a desconstrução de ideologias preconceituosas desde cedo, ajudando os jovens a desenvolverem uma visão mais equilibrada das relações interpessoais.
5. Manter a vigilância e o acompanhamento:
- Esteja sempre atento aos sinais de que os adolescentes possam estar sendo influenciados por ideologias extremas.
- Enfim, promova conversas abertas e reforçe a importância de respeito, ajudando a evitar que essas ideologias ganhem força.
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