Suplementos que ajudam a aliviar sintomas da depressão
Suplementos como ômega‑3, magnésio, vitamina D, SAMe e erva‑de‑são‑João podem ajudar como complemento, mas nunca substituem tratamento médico.
Por Beatriz Fraga
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2 mins de leitura

De acordo com especialistas, suplementos podem apoiar o tratamento da depressão. Contudo, eles não substituem tratamentos convencionais como psicoterapia ou medicamentos. Devem sempre acompanhar diagnóstico e acompanhamento profissional.
Suplementos com evidência clínica
Ômega‑3 (óleo de peixe)
Pesquisas associam níveis baixos de EPA e DHA a sintomas depressivos. A suplementação parece ajudar, especialmente como coadjuvante aos antidepressivos. DEssa forma, gera menor inflamação cerebral e melhora a comunicação neuronal.
Vitamina D
Conforme estudos, há efeito moderado na redução de sintomas em pessoas com deficiência dessa vitamina. Atua na produção de serotonina e regulagem do humor.
Magnésio
Ensaios clínicos revelam que 248 mg/dia de magnésio reduzem, assim, sintomas de ansiedade e depressão em até duas semanas. O uso mostrou ser bem tolerado e eficaz em depressão leve a moderada.
Metilfolato (ácido fólico ativo) e Complexo B
Essas vitaminas apoiam, dessa forma, a síntese de neurotransmissores como serotonina e dopamina. O metilfolato demonstrou benefício quando usado com antidepressivos. Por si só, os dados ainda, desse modo, são inconclusivos.
Erva‑de‑São‑João (Hypericum perforatum)
Estudos com revisão robusta mostram eficácia equivalente a antidepressivos na depressão leve a moderada. Mas exige cautela por riscos de interações medicamentosas e síndrome serotoninérgica.
SAMe (S‑adenosilmetionina)
Demonstrou resultados comparáveis a antidepressivos com menos efeitos adversos. Atua sobre neurotransmissores e melhora a resposta à medicação.
Suplementos promissores, dados ainda limitados
Zinco, probióticos, cúrcuma e N‑acetilcisteína (NAC) mostram dados iniciais de benefício, mas faltam ensaios amplos para comprovar eficácia consistente.
Precauções importantes
Especialistas da Folha alertam que evidências sobre ômega‑3, magnésio e metilfolato são pequenas ou de qualidade moderada. Suplementos não substituem tratamentos médicos comprovados, e interações causam riscos.
Quando considerar suplementação
- Em casos de deficiência confirmada por exame (como vitamina D ou B12).
- Para integrar ao tratamento psiquiátrico já em curso (ex: SAMe, metilfolato ou ômega‑3).
- Sob orientação profissional, evitando autodiagnóstico ou exagero nas doses, que podem ser prejudiciais.
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