Cansaço imenso? Pode ser deficiência de B1- saiba mais
A deficiência de vitamina B1 causa cansaço, irritabilidade e problemas de memória. Essencial para energia e saúde cerebral, ela está presente em alimentos como carnes magras e grãos integrais. Pessoas com dietas restritivas, atletas e diabéticos têm maior risco. Consultar um nutricionista ajuda a prevenir complicações.

Joana sempre teve energia de sobra, mas ultimamente sentia um cansaço incomum. Pequenos esquecimentos e uma irritabilidade constante começaram a afetar sua rotina. Uma consulta ao nutricionista revelou o problema: deficiência de vitamina B1. Mas, afinal, por que essa vitamina é tão essencial?
A importância da vitamina B1
A vitamina B1, também chamada de tiamina, age diretamente na transformação dos alimentos em energia. Sem ela, o corpo não aproveita bem carboidratos, gorduras e proteínas. Além disso, seu papel vai além do metabolismo. A tiamina mantém o coração saudável, fortalece o sistema nervoso e melhora a concentração e a memória.
De acordo com a nutricionista Fernando Castro a B1 participa do ciclo de Krebs, processo que gera ATP, a principal fonte de energia das células. “Essa vitamina também auxilia na transmissão de sinais entre neurônios, impactando diretamente a função cerebral”, destaca.
O que acontece com a falta de B1?
Quando os níveis dessa vitamina caem, os sintomas aparecem rápido. Entre os primeiros sinais, estão fadiga, irritabilidade e falta de apetite. Em casos mais graves, a deficiência pode levar ao Beribéri, uma doença que afeta músculos e coração, e à síndrome de Wernicke-Korsakoff, que compromete a memória e o equilíbrio.
Conforme a nutricionista Marília Peres, alguns fatores aumentam o risco da deficiência. “O consumo excessivo de álcool, dietas restritivas e doenças intestinais podem impedir a absorção da tiamina”, alerta.
Onde encontrar a vitamina B1?
A boa notícia é que a alimentação fornece, principalmente, boas quantidades dessa vitamina. Entre os principais alimentos estão:
- Carnes magras, como fígado bovino, porco, atum e salmão;
- Grãos integrais, incluindo arroz integral, quinoa e aveia;
- Leguminosas, como feijão, lentilha e ervilha;
- Sementes e oleaginosas, como castanha-do-pará e girassol;
- Vegetais como aspargos, espinafre e couve-de-bruxelas.
Vale lembrar que o cozimento excessivo reduz os níveis de B1 nos alimentos. Portanto, o ideal é consumir esses ingredientes de forma equilibrada e com preparos que preservem seus nutrientes.
Quem deve ter mais atenção?
Algumas pessoas correm maior risco de desenvolver deficiência de vitamina B1. Antes de tudo, entre elas estão:
- Pessoas com dietas desbalanceadas ou restritivas;
- Atletas, devido ao alto gasto energético;
- Diabéticos, que excretam mais tiamina pela urina;
- Idosos, devido à menor absorção do nutriente;
- Indivíduos que passaram por cirurgia bariátrica;
- Quem consome álcool em excesso, já que isso prejudica a absorção da vitamina.
Monitoramento e cuidados
A nutricionista Marília reforça que exames regulares ajudam a identificar precocemente a deficiência de B1. “O check-up anual é essencial para garantir equilíbrio nutricional e prevenir problemas de saúde”, recomenda.
Se você sente fadiga constante ou percebe sinais de déficit de vitamina B1, busque orientação profissional. Pequenas mudanças na alimentação fazem toda a diferença na saúde e na qualidade de vida.
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