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Saúde e Bem-estar

Adoçante artificial não deve ser usado para tentar emagrecer ou evitar diabetes, diz OMS

A OMS diz que não há qualquer indício de que a substituição do açúcar pelo adoçante colabore para o emagrecimento ou para evitar o desenvolvimento de diabetes

Por Estadão

3 mins de leitura

em 16 de maio de 2023, às 08h18

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Utilizar adoçante no lugar do açúcar em bebidas e alimentos para tentar emagrecer ou evitar desenvolver diabetes pode ser um engano. Segundo nova diretriz da Organização Mundial de Saúde (OMS), os adoçantes artificiais devem ser utilizados apenas por quem já tem diabetes e em quantidades mínimas.

Com base em uma série de estudos sobre adoçantes artificiais, a organização diz que não há qualquer indício de que a substituição do açúcar pelo adoçante colabore para o emagrecimento ou para evitar o desenvolvimento de diabetes.

Pelo contrário, as pesquisas mostraram que o uso desses produtos químicos podem trazer prejuízos à saúde quando utilizados em excesso e por tempo prolongado. Ele pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, colaborando para uma maior taxa de mortalidade em adultos.

“As pessoas precisam considerar outras maneiras de reduzir a ingestão de açúcares livres, como consumir alimentos com açúcares naturais, como frutas, ou alimentos e bebidas sem açúcar”, diz Francesco Branca, diretor de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS. Entre os adoçantes artificiais desaconselhados estão o acesulfame K, aspartame, advantame, ciclamatos, neotame, sacarina, sucralose, estévia e seus derivados.

“NSS (sigla em inglês para adoçantes artificiais livres de açúcar) não são fatores dietéticos essenciais e não têm valor nutricional. As pessoas devem reduzir completamente a doçura da dieta, começando cedo na vida, para melhorar sua saúde”, explica o especialista.

Alimentação mais equilibrada e natural

Segundo Levimar Araújo, presidente do departamento de Diabetes Mellitus da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a posição da OMS vai de encontro com o que médicos já vêm observando há algum tempo.

“O estudo chama a atenção de que a gente deve reduzir ao máximo tanto a quantidade de açúcar, quanto de alimentos artificiais, como os adoçantes, no dia a dia, utilizando-os o mínimo possível”, diz o especialista. “O que a gente vê por aí, são pessoas que substituem o açúcar pelo adoçante, mas continuam consumindo alimentos extremamente açucarados, com excesso de adoçante que, por ser um produto químico, também faz mal à saúde quando usado em excesso”, finaliza.

Segundo o médico, as pessoas devem olhar para seus hábitos alimentares de maneira ampla, buscando comer mais alimentos naturais e em composições equilibradas. Isto é, para além de evitar adoçar o cafezinho com açúcar ou adoçante, deve-se prestar atenção aos rótulos de alimentos industrializados, como refrigerantes, que são ricos em adoçantes químicos artificiais.

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