Depois de três jogos longe de casa, o São Paulo reencontrou o seu torcedor com vitória. Em noite de maior público do ano no Morumbi, que recebeu 57 mil torcedores, e de ótimo jogo, o time tricolor ganhou do Vasco por 4 a 2 e consolidou a sua reação sob o comando de Dorival Junior. O técnico continua invicto desde que foi escolhido para substituir Rogério Ceni.
Com três vitórias e três empates nos últimos seis jogos do Brasileirão, o São Paulo se aproxima dos líderes e soma, agora, 12 pontos. Antes sem confiança, sobre o qual se ouvia que brigaria para não cair, o time mostra que é possível lutar no pelotão da frente. Onde não está o Vasco, que, depois de seis partidas sem vitória – a única foi conquistada na estreia – tem seis pontos e pode entrar nesta rodada na zona de rebaixamento.
Mais de 50 mil são-paulinos viram um São Paulo mais frágil defensivamente em comparação comas últimas partidas, mas eficiente no ataque, sobretudo nos contragolpes. Mostrou repertório para chegar ao ataque de maneiras diferentes. O primeiro gol foi resultado de uma trama que envolveu os três atacantes: Marcos Paulo, Luciano e Calleri, este que concluiu para as redes.
O segundo foi resultado de um contra-ataque rápido e eficiente que Luciano puxou e Rodrigo Nestor concluiu com categoria ao driblar o zagueiro dentro da área e tocar de direita para o gol. Era o fim da etapa inicial e os anfitriões estavam sossegados, mas os visitantes se recolocaram no jogo por meio da bola aérea.
O jovem Barros fez de cabeça, após cruzamento de Galarza, o gol do Vasco, que começou o segundo tempo como terminou o primeiro, isto é, melhor do que o rival. Prova disso é que os vascaínos finalizaram cinco vezes nos 12 primeiros minutos da etapa final. Um dos arremates, de Pec, encontrou o travessão, e outros dois exigiram defesas importantes de Rafael.
Essa superioridade cresceu e virou domínio. Mesmo pressionado e atrás no placar, o Vasco dominou o São Paulo e insistiu até conseguir o empate. Ele veio na parte final do jogo, com potente e indefensável arremate de Galarza. Foi um prêmio para a insistência da equipe e a ousadia de Maurício Barbieri, que trocou todas as suas peças ofensivas e construiu um ataque leve, sem um homem de referência ao tirar Pedro Raul.
Mas a igualdade mal perdurou, já que os paulistas retomaram a dianteira no placar seis minutos depois pelo alto. Foi Beraldo, de cabeça, que anotou o terceiro gol e transformou a frustração dos 57 mil são-paulinos em alegria. Houve tempo ainda para Juan anotar o quarto nos acréscimos, fechando contra-ataque de manual. O juiz soprou o apito sob o som de “olé” vindo dos empolgados torcedores.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 4 X 2 VASCO
SÃO PAULO – Rafael, Rafinha, Diego Costa, Beraldo e Caio Paulista; Luan (Wellington Rato), Gabriel (Alisson) e Nestor (Michel Araújo); Marcos Paulo (Pablo Maia), Luciano e Calleri (Juan). Técnico: Dorival Júnior.
VASCO – Léo Jardim, Puma Rodríguez, Robson, Léo e Lucas Piton; Jair, Galarza (Rodrigo), Barros (Alex Teixeira), Figueiredo (Orellano), Gabriel Pec (Erick Marcus); Pedro Raul (Carabajal). Técnico: Maurício Barbieri.
GOLS – Calleri, aos 24, Nestor, aos 41, e Barros, aos 44 do primeiro tempo; Galarza, aos 37, Beraldo, aos 43, e Juan, aos 46 do segundo tempo.
ÁRBITRO – Leandro Pedro Vuaden (RS).
CARTÕES AMARELOS – Barros, Figueiredo, Pedro Raul, Jair.
RENDA – R$ 3.335.063,00.
PÚBLICO – 57.399 torcedores.
LOCAL – Estádio do Morumbi.
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