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Política

Bolsonaro define como ‘afronta’ possível inelegibilidade

Para o ex-presidente, caso ele fique inelegível por oito anos, a decisão pode desmotivá-lo a continuar 100% ativo na política.

Por Estadão

2 mins de leitura

em 22 de jun de 2023, às 13h14

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou como uma “afronta” a possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspender os direitos políticos dele no julgamento iniciado nesta quinta-feira (22). Para o ex-chefe do Executivo, caso ele seja condenado e fique inelegível por oito anos, a decisão pode desmotivá-lo a continuar 100% ativo na política.

“Na minha idade, eu gostaria de continuar 100% ativo na política. Tirando os seus direitos políticos, que, ao meu ver, é uma afronta, você perde um pouquinho desse gás”, afirmou o ex-presidente, em vídeo divulgado nas redes sociais dele.

O julgamento no TSE definirá o futuro político de Bolsonaro e de todo o campo da direita nas próximas eleições. Acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, o ex-presidente pode perder os direitos políticos e ficar sem disputar eleições por oito anos se for condenado, abrindo uma disputa pelo espólio bolsonarista nos próximos anos.

Enquanto a Corte Eleitoral decide o futuro dele, o ex-presidente realiza uma viagem a Porto Alegre. Nesta quinta-feira, as redes sociais do Partido Liberal divulgaram um vídeo em que Bolsonaro aparece tirando fotos com apoiadores dentro de um avião. O conteúdo tem com intuito mostrar um ex-chefe do Executivo sorridente e tranquilo, sem sinais de preocupação com o julgamento.

Bolsonaro foi questionado sobre a existência de conversas para um possível sucessor na disputa eleitoral pela Presidência, mas negou que exista essa articulação. “A gente não pode partir dessa linha porque pode parecer que estamos jogando a toalha”, disse. Como mostrou o Estadão, caso o ex-presidente seja condenado, a herança bolsonarista cairá no colo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), querendo ele ou não.

Estadão Conteúdo

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