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Áudios inéditos de Robinho

Ex-jogador Robinho debocha de vítima: “Ela vai ter que provar”

Áudios inéditos do Robinho, utilizados pela Justiça italiana

Por Estadão

3 mins de leitura

em 20 de jun de 2023, às 14h19

Ex jogador Robinho debocha de vítima: "Ela vai ter que provar"

Áudios inéditos do Robinho, utilizados pela Justiça italiana no processo que condenou o jogador a nove anos prisão por estupro, foram divulgados pela manhã pelo podcast “Os Grampos de Robinho”, do UOL. Nas gravações, o brasileiro ri e debocha da condição da vítima, uma mulher albanesa, afirmando que ela teria dificuldade para comprovar a agressão sexual.

Entre os áudios divulgados nesta terça está uma conversa entre Robinho e o músico Jairo, responsável por ceder o camarim onde Robinho e os amigos praticaram o crime. Jairo diz que viu o jogador colocar o pênis na boca da mulher. Robinho ri e diz que “isso não é transar”. Posteriormente, o atleta demonstra ter medo de que a vítima tivesse engravidado. “Como não tinha câmera, vai ficar embaçado pra mina provar que estupraram ela se ela não tiver grávida”, diz.

Em outro trecho, Robinho e os amigos usam linguagem chula para comentar sobre a noite do ocorrido. “Tu comeu a nega também, eu te tirei”, diz Jairo. “Eu não, pô, eu tentei, eu tentei. Eu só fiz a tentativa”, diz Robinho, alegando que não a penetrou porque não conseguiu ter uma ereção. Em conversa com Galan, Robinho e o amigo elaboram sobre o fato de um dos membros ter ejaculado na mulher. “C… E quem jogou dentro?”, diz Galan. “Acho que foi o Claytinho, né”, responde Robinho, aos risos.

No primeiro episódio da série, Robinho disse que daria soco na cara da vítima e demonstrou preocupação com a divulgação do caso. “A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: ‘Porra, que que eu fiz contigo?'”, disse. “C…, se esse bagulho sair na imprensa eu vou me f…”

O ex-atacante da seleção brasileira foi sentenciado em última instância a nove anos de prisão pelo crime de estupro cometido contra uma mulher albanesa numa casa noturna em Milão, em 2013, quando atuava pelo Milan. Ele entregou o passaporte e está proibido de deixar o Brasil, mas continua em liberdade pelo fato de País não extraditar brasileiros. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve retomar o julgamento da ação no dia 2 de agosto. Robinho nega as acusações.

ENTENDA O CASO
De acordo com as investigações e condenação na Justiça Italiana, Robinho e cinco amigos estupraram uma jovem albanesa em um camarim da casa noturna milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, a participação deles no ato é alvo de outro processo.

A repercussão negativa sobre o caso de estupro fez com que Robinho tivesse a contratação suspensa pelo Santos em outubro de 2020. Ele foi anunciado como reforço pelo clube da Vila com vínculo por cinco meses. Porém, a pressão de patrocinadores e a divulgação de conversas sobre o caso provocaram forte repercussão, e o clube optou por suspender o contrato do jogador. Ele vive em Santos.

Estadão Conteúdo

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