O clima ficou bastante quente nas arquibancadas da Vila Belmiro após o clássico com o Corinthians. Indignada com mais uma derrota, a torcida do Santos não aceitou deixar o estádio sem mandar sua mensagem, optando por permanecer cobrando a saída do presidente Andrés Rueda e de Odair Hellmann. Ainda ofendeu o time e seguiu atirando bombas no gramado – motivo de o jogo ter acabado antes da hora -, entrando em rota de colisão com a Polícia Militar. O treinador que deve perder o emprego conseguiu fugir das bombas amparado por um segurança e correu para os vestiários, enquanto o elenco acabou no gramado.
A coletiva acabou suspensa pela assessoria de imprensa sob alegação de “medida de segurança.” O local da coletiva fica justamente abaixo de onde os torcedores protagonizaram cenas lamentáveis e enfrentavam até o spray de pimenta da PM.
Mesmo com pedidos de integrantes do staff santista, os torcedores seguiram atirando rojões e sinalizadores no gramado. O grupo de jogadores, amedrontado, permaneceu no centro de gramado enquanto a polícia tentava dispersar os torcedores com spray de pimenta.
Funcionários do Santos ainda jogaram garrafas de água para as arquibancadas para os torcedores se recuperarem no ardor do spray de pimenta. Do lado de fora da Vila Belmiro o clima também era de destruição, com os santistas quebrando o que via pela frente e derrubando as barreiras de isolamento instaladas pela polícia.
Único a se manifestar, o goleiro João Paulo admitiu que a apresentação da equipe foi uma “vergonha” na vila Belmiro. “Primeiramente é pedir desculpas ao torcedor. Hoje foi uma vergonha pelo resultado, pela sequência negativa. É uma mancha na história do Santos”, afirmou. “Tivemos reunião com a torcida, uma cobrança, e sabíamos que tínhamos de fazer diferente.”
Estadao Conteudo
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