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Nacional

Pastor é preso suspeito de abuso sexual contra adolescentes de igreja

Com essa justificativa, o líder religioso obrigava as vítimas a pesquisarem vídeos e fotos pornográficos na internet, de acordo com os policiais.

Por Estadão

2 mins de leitura

em 09 de jun de 2023, às 07h18

Foto: Divulgação

O pastor evangélico Joilson da Silva de Freitas Santos, de 39 anos, foi preso pela Polícia Civil de Guarulhos, na Grande São Paulo, como suspeito de abusar sexualmente de crianças e adolescentes da Igreja Batista da Lagoinha. A prisão ocorreu na noite de ontem, 7.

De acordo com as investigações do 5º DP de Guarulhos, o pastor possuía uma célula (espécie de grupo de estudos), formada por crianças e adolescentes para discutir questões relacionadas à sexualidade. Com essa justificativa, o líder religioso obrigava as vítimas a pesquisarem vídeos e fotos pornográficos na internet, de acordo com os policiais. Em seguida, ainda segundo a polícia, ele fazia chantagem com as vítimas e mantinha relações sexuais com elas em seu apartamento.

No dia 1º de junho, um adolescente de 16 anos denunciou a violência na portaria do prédio do pastor, o que levou ao registro de um boletim de ocorrência. Os policiais ainda não caracterizaram a situação como tentativa de estupro ou estupro de fato.

Durante as investigações, os policiais descobriram outras duas vítimas, de 17 anos e 13 anos. Diante dessas informações, Fulvio Mecca, delegado responsável pelo 5º DP de Guarulhos, pediu a prisão de Joilson. “A prisão temporária é de 30 dias, mas, como se trata de crime hediondo, ela pode ser ampliada para 60 dias”, explica o delegado.

Os policiais também apreenderam memórias de computador, celulares, um tablet, um notebook e até um colchão, onde os estupros teriam sido praticados, no apartamento de Joilson. O pastor é casado e não tem passagens pela polícia. Como os atos de violência teriam acontecido no apartamento da família, a polícia também investiga a eventual conivência da mulher.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, “o inquérito policial segue em andamento pela unidade para esclarecer os crimes. Outros detalhes serão preservados em razão da natureza da ocorrência e para preservação das vítimas”.

A reportagem tentou contato com os advogados de Joilson, mas os policiais informaram que eles ainda não se apresentaram formalmente. Representantes da Igreja Lagoinha não retornaram os contatos. À TV Globo, o advogado da igreja disse que o suspeito não era pastor da igreja.

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