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Dores do Rio Preto

A tradição do grupo junino Sinhá da Mata completa 35 anos

Grupo de quadrilha junina que começou mineiro, depois passou a ser sediado em terras capixabas, mas sempre nas barras da Serra do Caparaó

Por Redação

4 mins de leitura

em 03 de ago de 2023, às 12h38

O grupo Sinhá da Mata depois de sua última apresentação na semana passada (Foto Divulgação).

Na segunda-feira, dia 31 de julho, o grupo de dança junina Sinhá da Mata, de Dores do Rio Preto, completou 35 anos. Uma história que começou em 1987, no lado mineiro da Serra do Caparaó. E, depois, migrou para o lado capixaba, sempre inovando, ao mesmo tempo em que mantém a tradição das quadrilhas, com suas apresentações em festas juninas da região.

O fundador, Manoel Lindomar, teve a ideia de criar o grupo, quando foi convidado para dançar em uma quadrilha no Rio de Janeiro, em 1987. Ele ficou encantado com o estilo e contou sua experiência a amigos. No ano seguinte, no período das festas juninas, ele e esses amigos resolveram organizar uma quadrilha nos mesmos moldes de que ele havia participado. Surgia, assim, o grupo Sinhá da Mata.

O nome do grupo vem da Zona da Mata de Minas e das roupas de Sinhazinhas das integrantes (Foto Divulgação).

Na época da fundação, todos moravam no distrito de Paraíso, em Espera Feliz (MG), município que faz divisa com Dores do Rio Preto, no Espírito Santo. Mais precisamente com o distrito de Pedra Menina, para onde o grupo iria migrar, anos depois, e onde se mantém até hoje, sob a coordenação de Guilherme Correa, que assumiu em 2018.

Por que o nome Sinhá da Mata?

Segundo Guilherme, o nome foi escolhido, porque o grupo se organizou na Zona da Mata Mineira, onde se tornou referência por apresentar um estilo próprio da dança folclórica. E lembra as palavras do fundador, Manoel Lindomar, para também explicar a outra parte do nome. Ele contava que “as meninas com vestidos coloridos, enfeitados, trajes elegantes, lembravam sinhazinhas e, então, ficou o ‘Sinhá’ no nome”.

Todo esse colorido das roupas era somado ao jeito de dançar com passos inovadores, marcados por gestos e gritos coordenados pelo marcador da quadrilha. Um estilo que foi apresentado, pela primeira vez, em 31 de julho de 1988, em Espera Feliz. Com a aprovação do público, o Sinhá da Mata seguiu se apresentando pela região do Caparaó.

O grupo Sinhá da Mata iniciou em Minas Gerais e depois migrou para o Espírito Santo (Foto Divulgação).

Quando Manoel Lindomar deixou o grupo, devido a outros projetos, quem acabou assumindo foi Juesélito do Amaral – Zeto, morador de Pedra Menina, distrito de Dores do Rio Preto. “Foi a partir daí que o grupo passou a ficar sediado no Espírito Santo, onde recebeu o apoio da Prefeitura de Dores do Rio Preto e dos moradores do distrito que abraçaram a ideia”, recorda Guilherme Correa.

Reestruturação e modernização

Zeto também se mudou para outro município e, com o grupo já mais estruturado e forte, a coordenação passou para um integrante da quadrilha.  Lanúcio de Souza Rodrigues assumiu a coordenação dos trabalhos, seguindo com a reestruturação e modernização do Sinhá da Mata. Inclusive, beneficiado com a chegada da telefonia móvel e internet na área rural. “Isso permitiu que o grupo se atualizasse com novas músicas e assistisse outros grupos, para adquirir referências e o principal: novos contatos”, destaca Guilherme.

Finalmente, em 2018, quando Lanúcio decidiu que era hora de passar o comando para outra pessoa, o escolhido foi seu braço direito, Guilherme Correa, que era integrante do grupo desde criança. “Eu sempre fui muito participativo no grupo e trabalhava, principalmente, na criação de novas coreografias e na gerencia dos casais de dançarinos”, conta Guilherme Correa. Ele acredita que isso facilitou assumir a coordenação do Sinhá da Mata.

O Sinhá da Mata já passou por reestruturações e modernização em sua trajetória (Foto Divulgação).

Além disso, Guilherme trabalha como professor na comunidade de Pedra Menina. Por isso, conseguiu iniciar um novo ciclo, no Sinhá da Mata. “Iniciamos um novo ciclo, com um grupo renovado, uma quadrilha mais dançante e dinâmica, que tem como base os alunos da Escola Estadual São José de Pedra Menina, para continuar com as apresentações e mantendo a tradição”, conclui.

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