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Grande Vitória

Biblioteca amplia acervo em formato acessível para pessoas com deficiência

Nesta semana, a biblioteca recebeu seis novos títulos literários. Todos, livros acessíveis em braille

Por Redação

5 mins de leitura

em 07 de ago de 2023, às 09h52

A biblioteca possui atualmente um acervo de 140 títulos e 211 exemplares de livros acessíveis. Foto: Divulgação

A literatura, como manifestação da humanidade, é direito de todos! Esse é o princípio que fundamenta as políticas públicas culturais. Para garantir esse direito, na prática, são necessárias ações de acessibilidade cultural. Dessa maneira, a Secretaria Municipal de Cultura de Vitória (Semc), por meio de uma parceria com a Fundação Dorina Nowill (FDN), segue ampliando o acervo acessível da Biblioteca Municipal Adelpho Poli Monjardim.

“Há algum tempo a Biblioteca Municipal vem ampliando o seu acervo de livros em formatos acessíveis. Essa é uma ação importante que vai ao encontro da inclusão, especialmente da leitura inclusiva. A democratização do acesso ao livro, para todas as pessoas, inclusive para o público de pessoas com deficiência, é fundamental”, afirmou o secretário de cultura em exercício Tiago Benezoli.

Nesta semana, a biblioteca recebeu seis novos títulos literários. Todos, livros acessíveis em braille. Com isso, a biblioteca passa a ter um acervo de 140 títulos e 211 exemplares de livros acessíveis, como audiolivros; braille; braille e tinta; braillinho tagarela (canetas interativas que fazem a audiodescrição das páginas); entre outros formatos.

“Essas ações têm grande relevância para todas as pessoas, principalmente para as pessoas com deficiência. O acesso aos livros em formatos acessíveis, objetivando a leitura inclusiva, é papel fundamental da biblioteca pública”, afirmou a bibliotecária Elizete Caser.

Os livros

A cabeça do santo, de Socorro Acioli – Editora Companhia das Letras

Pouco antes de morrer, a mãe de Samuel lhe faz um último pedido: que ele vá encontrar a avó e o pai que nunca conheceu. Mesmo contrariado, o rapaz cumpre a promessa e faz a pé o caminho de Juazeiro do Norte até a pequena cidade de Candeia, sofrendo todas as agruras do sol impiedoso do sertão do Ceará.

Eu sei porque o pássaro canta na gaiola, de Maya Angelou – Editora Astral Cultural

Eu sei por que o pássaro canta na gaiola relata a infância e adolescência de Maya, especificamente dos 7 aos 16 anos. Com isso temos uma perspectiva sobre a vida de uma menina negra entre as décadas de 1930 e 1940, que acaba se refletindo na situação de diversas outras crianças negras no mesmo período.

Extraordinárias: mulheres que revolucionaram o Brasil, de Duda Porto de Souza e Aryane Cararo – Editora Seguinte

Dandara foi uma guerreira negra fundamental para o Quilombo dos Palmares. Bertha Lutz foi a maior representante do movimento sufragista no Brasil. Maria da Penha ficou paraplégica e por pouco não perdeu a vida, mas sua luta resultou na principal lei contra a violência doméstica do país. Essa obra é sobre a força extraordinária da mulher, para lutar por seus ideais.

O avesso da pele, Jeferson Tenório – Editora Companhia das Letras

Vencedor do Prêmio Jabuti na categoria “Romance Literário”. O avesso da pele é a história de Pedro, que, após a morte do pai, sai em busca de resgatar o passado da família e refazer os caminhos paternos.

Outros jeitos de usar a boca, de Rupi Kaur – Editora Planeta

Outros jeitos de usar a boca é um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O volume é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente.

Pureza, de José Lins do Rego – Editora José Olympio

Pureza é o nome do vilarejo onde Lourenço, vai morar. Ele é um homem tomado pela paranoia e pelo medo: ainda pequeno perdeu a mãe para a tuberculose, e logo em seguida a irmã, que sempre foi franzina. Após crescer sempre muito protegido pelo pai, e com pouco acesso a vida real e seus problemas, acaba perdendo a figura paterna também. Decidido que seu destino é a morte, ele se isola no interior para esperar pelo seu destino em paz, vivendo um dia de cada vez e se isolando dos perigos externos.

Rede de Leitura Inclusiva

A ação é resultado de uma parceria entre a Semc e a Fundação Dorina Nowill para Cegos, pioneira na atenção e educação de pessoas com deficiência visual no Brasil, a partir do projeto “Rede Nacional de Leitura Inclusiva”. Um projeto da Fundação Dorina Nowill para Cegos, que busca fomentar o acesso à leitura e à informação para pessoas com deficiência, fornecer livros acessíveis e engajar profissionais que atuam com o livro, a leitura e com esse público. O objetivo é tornar o livro e a leitura acessíveis a partir de diferentes estratégias, metodologias e recursos de tecnologia assistiva.

“Livros em formatos acessíveis são estratégias fundamentais para o processo de formação da leitora e do leitor numa perspectiva inclusiva. Importa que sigamos, cada vez mais, ampliando e fortalecendo iniciativas dessa natureza”, destacou Lilian Menenguci, servidora da Semc e mediadora da Rede de Leitura Inclusiva do Espírito Santo.

Braille

O braille é um sistema de escrita e leitura tátil para pessoas cegas. Ele foi criado pelo francês Louis Braille, que ficou cego aos três anos de idade em razão de um acidente que causou a infecção dos dois olhos. O sistema consta do arranjo de seis pontos em relevo, dispostos na vertical em duas colunas de três pontos cada, no que se convencionou chamar de “cela braille”.  A diferente disposição desses seis pontos permite a formação de 63 combinações ou símbolos para escrever textos em geral, anotações científicas, partituras musicais, além de escrita estenográfica.

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