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Esportes

Espanha domina Inglaterra e conquista título inédito da Copa do Mundo feminina

Apesar da chance criada, o jogo da Inglaterra não fluía. A pressão espanhola não deixava com que elas trocassem passes

Por Estadão

5 mins de leitura

em 20 de ago de 2023, às 11h42

Foto: Reprodução/Frank Fife
Foto: Reprodução/Frank Fife

Pela primeira vez em sua história, a Espanha é campeã da Copa do Mundo feminina de 2023. Em um jogo onde a seleção espanhola dominou a Inglaterra, a meia Olga Carmona fez o único gol da partida e garantiu o título inédito para sua equipe. A partida ocorreu na manhã deste domingo, no Accor Stadium, em Sydney, na Austrália. A lotação do estádio era máxima, com 75.784 torcedores presentes.

Vinte anos depois, duas seleções europeias voltaram a se enfrentam em uma final de Mundial. O jogo foi controlado pela Espanha desde os primeiros minutos e o placar só não foi maior por conta da ótima atuação da goleira inglesa Mary Earps. No primeiro tempo, um confronto com domínio espanhol claro.

A Inglaterra até começou o jogo com boas chances e chegava a área adversária com um grande volume de jogadoras. Aos 15 minutos, um chute no travessão da Inglaterra animou a partida. Na entrada da área, Lauren Hemp deu um tapa na bola que beijou o poste superior e foi para fora. A goleira espanhola Coll estava fora da jogada.

Apesar da chance criada, o jogo da Inglaterra não fluía. A pressão espanhola não deixava com que elas trocassem passes e, quando perdiam a bola, eram punidas com a velocidade das jogadoras da Espanha. Salma Paralluelo, joia espanhola que fazia sua primeira partida como titular na Copa do Mundo, era um pesadelo para defesa inglesa nas pontas.

Dois minutos depois do chute de Hemp, a Espanha respondeu. Em jogada de velocidade pela ponta, bola cruzada para Paralluelo que, na pequena área, acaba chutando errado. A bola desvia na defensora Millie Bright e sobra para Alba Redondo, que acaba finalizando fraco na direção de Mary Earps.

O jogo esquentou e se tornou um toma lá da cá, com Espanha e Inglaterra criando boas chances, mas falhando nas finalizações. Aos 28 minutos, no entanto, a capitã espanhola Olga Carmona anotou o primeiro gol da partida. Após roubada de bola no meio de campo inglês, ela recebeu um passe açucarado de Mariona na entrada da área e, com um chute rasteiro cruzado, não deu chances a goleira. A Espanha convertia sua superioridade em vantagem no placar.

Ao final do primeiro tempo, Paralluelo ainda acertou uma bola na trave e quase fez o segundo gol, mas as seleções foram para o intervalo com um placar de 1 a 0. No segundo tempo, Sarina Wiegman mexeu na equipe e a tornou mais ofensiva. A lateral esquerda Daly saiu para a entrada da atacante Chloe Kelly e, pela primeira vez desde as oitavas de final, Lauren James retornou ao campo. A atacante foi suspensa por dois jogos após agredir uma jogadora nigeriana de forma gratuita durante a partida.

Apesar das mudanças, pressão espanhola continuou. Com uma troca envolvente de passes, a Espanha quase chegou ao segundo gol com Mariona. Aos quatro minutos da segunda etapa, a goleira Earps teve de trabalhar para evitar o novo tento espanhol. Aos 14 minutos, Vilda tirou a atacante Redondo e colocou a defensora Oihane Hernández.

A Espanha continuava a pressionar e aos 18 minutos, teve a chance de ouro para matar a partida. Após ataque espanhol, o VAR chamou a árbitra Tori Penso para um possível pênalti. Nas imagens, a juíza observou um toque de mão despretensioso da inglesa Keira Walsh e não teve dúvida: assinalou a penalidade máxima. Na bola, Hermoso cobra mal e Mary Earps voa para defender o pênalti. A Inglaterra ainda estava na partida.

Lauren James buscava o jogo e até conseguia criar jogadas interessantes, mas a seleção inglesa parava na defesa espanhola ou na goleira Cata Coll. O jogo ficou paralisado por alguns minutos para atendimento de Greenwood, que se machucou após choque com Paralluelo. A atacante espanhola foi amarelada pelo lance. Aos 44 minutos, Alexia Putellas entrou em campo. A melhor jogadora do mundo não fez boa Copa do Mundo, mas seu nome foi celebrado pela torcida espanhola presente no estádio.

Por conta das inúmeras paralisações ao longo do jogo, foram 13 minutos de acréscimo. A Espanha, no entanto, continuou com o domínio do jogo e só não ampliou o placar por conta de ótimas defesas de Earps, que mais uma vez salvava a Inglaterra. Nenhuma das seleções conseguiu criar boas chances no período de acréscimos e, ao soar do apito, a Espanha foi consagrada campeã.
FICHA TÉCNICA:

ESPANHA 1 x 0 INGLATERRA

ESPANHA – Cata Coll; Batlle, Paredes, Codina e Carmona; Abelleira, Bonmatí e Jenni Hermoso; Redondo (Hernández), Caldentey e Paralluelo. Técnico: Jorge Vilda.

INGLATERRA – Earps; Jess Carter, Bright, Greenwood e Lucy Bronze; Walsh, Stanway, Toone; Daly (Chloe Kelly), Alessia Russo (Lauren James) e Hemp. Técnica: Sarina Wiegman.

GOLS – Olga Carmona aos 28 do primeiro tempo.

ÁRBITRO – Tori Penso (EUA)

CARTÕES AMARELOS – Paralluelo (Espanha) Hemp (Inglaterra)

RENDA – Não divulgado

PÚBLICO – 75.784 torcedores.

LOCAL – Accor Stadium, em Sydney, na Austrália.

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