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O verão será mais quente do que a primavera?

O verão é época de calor em todo o Brasil, de dias quentes e muitas vezes abafados, com pancadas de chuva frequentes pelo menos à tarde e à noite

Por Redação

5 mins de leitura

em 27 de nov de 2023, às 15h37

Foto: Freepik
Foto: Freepik

O solstício de verão no Hemisfério Sul em 2023, ou o início astronômico do verão 2023/2024, será no dia 22 de dezembro, às 0h27. O verão se estende até o dia 20 de março de 2024, às 0h06, horários de Brasília. Mas, será que o verão será mais quente do que a primavera?

A data e hora do início e fim das estações do ano são determinadas por cálculos astronômicos bastante precisos. Elas podem ser calculadas com muitos anos de antecedência, pois dependem exclusivamente do movimento da Terra ao redor do Sol.

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Mas, a atmosfera não obedece ao calendário. Na meteorologia, o verão meteorológico é o período de todos os dias dos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.

O verão é época de calor em todo o Brasil, de dias quentes e muitas vezes abafados, com pancadas de chuva frequentes pelo menos à tarde e à noite.

Muitas pessoas pensam que, diante de uma primavera tão quente como esta de 2023, que já teve quatro ondas de calor abrangentes sobre o Brasil, o calor será ainda pior no verão. Mas, será que o verão será mais quente do que a primavera?

Além disso, o as temperaturas tenderiam a ficar ainda mais altas no verão. Isso porque a previsão é de que o fenômeno El Niño atinja o ápice entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024.

Afinal, o verão será mais quente do que a primavera?

O verão 2023/2024 não será um verão normal. Isso porque o fenômeno El Niño, que já influenciou o clima no Brasil durante toda a primavera, vai continuar tendo forte atuação nos meses de verão.

O fenômeno El Niño observado neste ano é considerado de forte intensidade e vai influenciar todo o verão 23/24. Além do excesso de chuva no Sul do Brasil, que ainda será observado no verão, e da redução da chuva na Região Norte. O que vai atrasar a recuperação do nível de água dos rios, da diminuição da chuva também no período chuvoso do norte do Nordeste. Outro efeito do El Niño é alterar a distribuição da chuva também sobre o Sudeste e o Centro-Oeste.

Verão quente

Assim, considerando o maior aquecimento que já ocorre naturalmente sobre o Brasil em dezembro e em janeiro, a irregularidade da chuva causada pelo El Niño neste verão, a expectativa é de que o verão 2023/2024 tenha temperaturas acima do normal em quase todo o Brasil e picos de calor intenso, em áreas localizadas.

Segundo o Climatempo, o Brasil terá, sim, um verão quente, com calor acima do normal. Porém, não é provável que ocorram novas ondas de calor tão intensas e extensas , como as que foram observadas em novembro em setembro. Então, a resposta é sim! O verão será mais quente que a primavera.

Uma situação especial que precisará ser monitorada no verão é a possibilidade de atuação da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), com força acima do normal e numa posição mais próxima da do Brasil do que o normal.

Oipo de alteração da ASAS pode gerar condições para um aquecimento muito acima do normal. Especialmente, no leste do Sudeste, abrangendo o leste de São Paulo, os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e o leste de Minas Gerais.

Temperatura na primavera e no verão

Durante a primavera no Brasil, com ou sem El Niño, é muito comum a ocorrência de picos de calor. Isso ocorre naturalmente porque o aquecimento solar sobre o Hemisfério Sul na primavera aumenta com passar das semanas, indo para o fim do ano, e porque ainda não se formam grandes e persistentes áreas de chuva sobre o país.

A nebulosidade e a chuva são reguladores naturais da temperatura diária e inibem o aquecimento excessivo do ar.

Em dias de outubro ou novembro com poucas nuvens e muito sol, com ventos quentes persistentes, a temperatura sobe rapidamente e pode alcançar valores vários graus acima do padrão climatológico para estes meses.

Outubro e novembro são meses naturalmente mais quentes porque o número de horas com sol para aquecer o ar já é maior do que no inverno e o sol destes meses é mais forte pelo simples posicionamento da terra em relação ao sol.

Em dezembro, o aquecimento solar e o número de horas com sol para esquentar o ar aumentam em relação aos meses de novembro e outubro, pois o Hemisfério Sul vai se aproximando do solstício de verão, que este ano ocorre no dia 22 de dezembro, às 00h27.

Maior carga de sol

É no solstício de verão que o Hemisfério Sul e o Brasil recebem a maior carga de sol. Mas na prática, essa “dose máxima de sol” já ocorre semanas antes do solstício e se prolonga por semanas depois desta data.

É em dezembro e em janeiro que o Brasil fica mais próximo do solstício de verão e recebe a maior “carga de sol” do ano. Só isso já faz com que o ar esquente mais nestes meses e as temperaturas fiquem naturalmente mais elevadas. As madrugadas de dezembro e de janeiro são, em geral, mais quentes do que em outros meses do ano.

Fonte: Climatempo

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