Nacional

Damares Alves recebe alta após internação por paralisia facial

A paralisia foi causada por herpes zoster, uma doença causada pela reativação da catapora

Por Estadão

3 mins de leitura

em 10 de dez de 2023, às 10h51

Foto: Valter Campanato | Agência Brasil
Foto: Valter Campanato | Agência Brasil

A senadora Damares Alves (Republicanos) recebeu alta neste sábado, 9, do Hospital DF Star, em Brasília, após ser internada devido a uma paralisia facial causada por herpes zoster. A assessoria da congressista informou que os médicos a liberaram para retomar suas atividades normalmente. Damares vai seguir com o tratamento medicamentoso em casa.

Na quinta-feira, 7, o hospital divulgou boletim médico informando que a senadora foi admitida com dor neuropática aguda causada por herpes zoster. Em março, ela já havia mencionado tratamento para paralisia facial decorrente do vírus.

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À época, no X (antigo Twitter), Damares relatou que ficou internada por alguns dias. “Há cerca de três semanas, fui acometida pela herpes zoster, doença causada pela reativação da catapora. Minha infecção ocorreu no ouvido, caso raro, e causou uma paralisia facial. Fiquei internada alguns dias. Faço tratamento para amenizar a situação”, disse.

Entenda o que é herpes zoster

Causada pelo vírus varicela-zóster (VVZ), o mesmo da catapora, a herpes zoster se manifesta no corpo com pequenas bolhas que coçam e ardem. O local mais comum para o aparecimento das lesões é no tronco, mas elas também podem surgir nos braços e nas pernas ou, mais dificilmente, nos ouvidos. As dores costumam ser locais, porém muito intensas.

Ao Estadão, o otorrinolaringologista Paulo Dorea disse que algumas pessoas afetadas pela doença podem ter sequelas no rosto para sempre. “A gente tem que ficar preocupado no restabelecimento dessa função motora porque, em alguns poucos casos, pode ser que a face não volte ao normal, sendo necessária cirurgia”, afirmou o médico.

A paralisia é medida em números de um a seis – quanto mais próximo de seis, maior o risco de a sequela não desaparecer. O olho é um ponto sensível. Paralisias muito agudas podem travar a pálpebra, fazendo com que o olho não feche. Nesses casos, nos quais o paciente precisa aprender a dormir de olho aberto, é necessário acompanhamento contínuo para garantir que a retina não fique seca ou lesionada.

Como se proteger do herpes zoster

Já existem no Brasil duas vacinas contra a herpes zoster: a Shingrix (recombinante) ou a Zostavax. “Essa vacina é altamente eficaz, absolutamente indicada para qualquer pessoa acima de 60 anos de idade e relativamente indicada para pessoas de outras idades”, diz o infectologista Adriano Silva.

A imunização, entretanto, não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A depender da marca e do laboratório escolhido para compra, cada dose da vacina (recomenda-se duas) pode custar R$ 800.

Desde setembro do ano passado, um projeto que inclui a vacina contra a doença herpes zoster no calendário nacional de imunização do SUS tramita na Câmara.

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