Pré-candidato a prefeito do Guarujá, o jornalista Thiago Rodrigues, de 34 anos, foi morto a tiros na madrugada desta quinta-feira (28), durante uma confraternização na cidade da Baixada Santista. Segundo a polícia, os disparos teriam sido efetuados por um homem de bicicleta, que foi até o local onde Thiago estava e chamou por ele na rua.
Ao sair, o jornalista foi surpreendido com os tiros de arma de fogo e morreu no local. O suspeito, que ainda não foi identificado, fugiu.
Thiago Rodrigues, que era filiado ao partido Rede Sustentabilidade, se lançou como pré-candidato a prefeito do Guarujá para as eleições municipais de 2024 há aproximadamente um mês. Com 10 mil seguidores no Facebook, ele atuava como jornalista independente na região, sob a alcunha de “Repórter do povo”, e também era empresário.
Conforme a Secretaria da Segurança Pública, policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência de disparos de arma de fogo e, ao chegarem local, viram o corpo da vítima com ferimentos. O homicídio de Thiago ocorreu no bairro Paecara.
A secretaria afirmou que, próximo ao local, foram apreendidos estojos vazios de munição calibre 9 mm, dois projéteis deflagrados, além do carro da vítima e dois celulares. O material irá passar por perícia. O caso foi registrado no Delegacia de Guarujá, e encaminhado ao 2º Distrito Policial (Paecara) do município. A Polícia Civil realiza diligências.
Violência no litoral paulista chama atenção
Como mostrou o Estadão no começo deste mês, cidades do litoral de São Paulo lideram a lista de localidades mais violentas do Estado, segundo indicador do Instituto Sou da Paz que reúne registros de roubos, estupros e homicídios. Peruíbe, Caraguatatuba, Mongaguá e Ubatuba estão entre os cinco municípios com os maiores índices de crimes praticados com violência.
Guarujá ficou no 42º lugar, mas a violência por lá tem chamado atenção no período recente. No fim de julho, o soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, foi morto a tiros enquanto realizava um patrulhamento na cidade. Um colega também foi baleado.
Logo depois, a Polícia Civil deflagrou a Operação Escudo com a justificativa de combater a criminalidade na região. A ação, que se estendeu por pouco mais de um mês, resultou em 28 mortes e foi alvo de críticas de moradores, que relataram possíveis abusos e episódios de violência policial como forma de retaliação.
No último dia 19, dois policiais militares da Rota tornaram-se réus por homicídio duplamente qualificado após a Justiça paulista receber uma denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado (MP-SP) por conta da morte de um morador em comunidade na Vila Zilda. Os PMs são acusados de tampar suas câmeras corporais e plantar uma arma de fogo para forjar um confronto.
Estadao Conteudo
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