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Esportes

Com retorno de Ednaldo Rodrigues, Fifa descarta punição à CBF

A visita dos representantes da Fifa e da Conmebol aconteceu um mês depois de o TJ-RJ destituir Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF

Por Estadão

3 mins de leitura

em 08 de jan de 2024, às 15h13

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A Fifa descartou nesta segunda-feira (8) uma punição à CBF, que poderia tirar a seleção brasileira e os clubes do País de qualquer competição internacional. O anúncio foi feito pelo diretor jurídico da Fifa, Emilio Garcia, que se reuniu com o presidente Ednaldo Rodrigues. Outros diretores da entidade também se reuniram na sede da CBF, no Rio de Janeiro.

Segundo o dirigente da Fifa, havia risco iminente “de o Conselho da Fifa expulsar o Brasil de todas as disputas internacionais”, o que só não se consumou porque o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devolveu a presidência a Ednaldo Rodrigues na última quinta-feira (4).

“Este é um ponto crucial. A CBF, o futebol brasileiro, estava em risco. Havia um risco muito alto de o Conselho da Fifa tomar uma decisão, não contra o futebol brasileiro. Mas, contra a intervenção exterior no futebol brasileiro. Isso ficou descartado neste momento, com a decisão do Supremo”, afirmou Garcia.

Fifa e Conmebol

“A Fifa e Conmebol vieram ao Rio de Janeiro para poder garantir a independência da Confederação Brasileira de Futebol e o cumprimento dos estatutos da Fifa e da Conmebol. Ficamos aliviados com a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (Federal), que restaura a presidência de Ednaldo à decisão livre e democrática do futebol brasileiro”, acrescentou o dirigente da Fifa. “Estamos contentes que voltamos à situação original, em que o congresso (assembleia geral) do futebol brasileiro elege o seu presidente”.

Todavia, Ednaldo Rodrigues se mostrou aliviado. “Posso dizer que é o futebol brasileiro que ganha. não é o presidente. Fui eleito de forma clara e transparente pela unanimidade dos presentes na assembleia de 23 de março (de 2022). Ganha o futebol brasileiro quando tem sua autonomia restabelecida, quando tem a certeza que seus clubes vão cumprir as competições internacionais para as quais foram classificados. Que a seleção brasileira possa, em todas as categorias, desenvolver seu futebol nas competições, como Eliminatórias de Copa do Mundo e Pré-Olímpico”, disse Ednaldo.

Visita da Fifa à CBF

Contudo, a visita dos representantes da Fifa e da Conmebol aconteceu um mês depois de o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) destituir Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. Aliás, na ocasião, a 21ª Câmara de Direito Privado considerou inválido um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público do Estado e a CBF. A decisão anulou os efeitos da Assembleia Geral que elegera Ednaldo em 2022. O mandatário retomou o cargo apenas na semana passada, após liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF.

Contudo, a Fifa não aceita interferência judicial ou de governos em suas confederações esportivas filiadas. Desde que a ação judicial começou a tramitar nos tribunais, a entidade máxima do futebol enviou duas cartas à CBF alertando para o risco de sanções “mesmo que a influência de terceiros não tenha sido culpa da associação membro em questão”.

A chegada de um representante da entidade ao País serviu para mostrar à CBF que a Fifa cogitava de fato uma punição. O risco de sanção, contudo, diminuiu com o retorno (pelo menos até o momento) de Ednaldo ao poder.

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