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Número 13 acompanhou Zagallo ao longo da carreira no futebol

A relação com o número começou quando ele casou com Alcina de Castro Zagallo, com quem ficou por 57 anos. Ela era devota de Santo Antônio, santo que seu dia é comemorado em 13 de junho

Por Estadão

3 mins de leitura

em 06 de jan de 2024, às 07h46

Foto: Divulgação/CBF
Foto: Divulgação/CBF

Dentre tantos feitos ao longo da vida, Zagallo, morto no início da madrugada deste sábado (6), aos 92 anos, deixa uma marca criada por sua superstição. O Velho Lobo transformou o temido número 13, de tantas histórias horripilantes e sinal de azar, em uma marca positiva e de sucesso em sua carreira. Várias foram as histórias e coincidências – embora ele jurasse que não era por acaso – em que o 13 apareceu em sua vida.

Leia também: Zagallo, único tetracampeão mundial, morre aos 92 anos no Rio

A relação com o número começou quando ele casou com Alcina de Castro Zagallo, com quem ficou por 57 anos. Ela era devota de Santo Antônio, santo que seu dia é comemorado em 13 de junho.

A partir daí, tudo começou. Sua primeira Copa do Mundo foi conquistada em 1958: 5+8 = 13. Em 1966, virou treinador e, no ano seguinte, já foi campeão carioca pelo Botafogo: 6+7 = 13. Anos depois, conquistou a Copa do Mundo de 1994, como auxiliar de Carlos Alberto Parreira: 9+4=13.

Aliás, o Mundial disputado nos Estados Unidos ficou marcado para o Velho Lobo por duas previsões que ele fez, tendo como referência o seu número preferido. Durante a preparação para o torneio, ele avisou que o Brasil seria campeão porque o nome dos patrocinadores da seleção Umbro e Coca-Cola, juntos, somavam 13 letras. E tetracampeões também tem 13 letras.

Outra previsão veio durante a decisão por pênaltis entre Brasil e Itália na final da Copa. O placar estava 3 a 2 para o time brasileiro quando Roberto Baggio foi para cobrança. Neste momento, Zagallo virou para Parreira, que não queria ver as cobranças, e avisou que o italiano não faria o gol.

Como já sabido, Baggio, a estrela daquela seleção italiana, mandou por cima do gol de Taffarel e o Brasil foi tetracampeão mundial. Ao final do jogo, a revelação. Zagallo disse que o motivo da confiança era um só. O nome Roberto Baggio tem 13 letras. E o mais curioso é que ele se deu conta disso no momento da decisão por pênaltis.

No fim, Zagallo deixa uma história marcada por muitos títulos, manias, superstições e a certeza de que o número 13 pode não ter feito com que sua carreira fosse tão brilhante, mas psicologicamente o ajudou a ter confiança em momentos decisivos e ajudou a transformá-lo também em um personagem folclórico do futebol brasileiro.

“Brasil campeão tem 13 letras”, sempre repetia Zagallo. Zagallo eterno tem 13 letras

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