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Cidades

Superação! Advogada atropelada por motorista bêbado volta a correr

Ainda com algumas sequelas e um fixador na perna direita, a jovem vai aos poucos retomando sua rotina

Por Pammela Volpato

6 mins de leitura

em 16 de jan de 2024, às 12h22

Fotos: Renatinha Garioli
Fotos: Renatinha Garioli

Uma história de força, superação e fé! Pouco depois de um ano após ser atropelada por um motorista bêbado, a advogada e atleta Karina Vaillant voltou a praticar atividade física e já consegue até correr um pouco.

Ainda com algumas sequelas e um fixador na perna direita, a jovem vai aos poucos retomando sua rotina e voltando a fazer aquilo que mais ama na vida. “Me sinto viva, é como se minha vida voltasse a fazer sentido”, declarou emocionada em uma entrevista exclusiva ao AQUINOTICIAS.COM.

Quem vê Karina caminhando pelas ruas, com um sorriso largo no rosto, não imagina todos os obstáculos e provações que ela enfrenta todos os dias. Ainda assim, está escrevendo uma história inspiradora e mostra que, apesar das adversidades que a vida apresenta, é possível ultrapassar barreiras e realizar os sonhos. “Momentos difíceis todos nós enfrentamos, o que diferencia é como vamos lutar para vencer esse momento. Ficar se lamentando ou se colocando como vítima da sociedade nunca vai ser uma opção. É preciso visualizar a dificuldade e conseguir enxergar como como sair dessa situação. A partir daí é caminhar em busca desse objetivo, e é isso que tenho feito”.

Acidente

Atropelada no acostamento próximo ao trevo da Safra, enquanto corria, ela sofreu traumatismo craniano, fratura exposta no fêmur, trauma na face, trauma na clavícula e perfuração no pulmão por uma costela. Ficou internada por mais de trinta dias, cinco deles em coma e já passou por nove cirurgias. Enfrentou cada batalha com uma força admirável, mas o caminho não foi fácil!

Logo após as primeiras cirurgias, a advogada contraiu uma bactéria que impediu a calcificação do osso do fêmur. Por isso, precisou realizar um tratamento com material Finlandês, que custava R$ 180 mil. E para conseguir voltar a andar sozinha e ter uma vida próximo do normal, Karina mostrou mais uma vez sua força e pediu ajuda nas redes sociais. Foi assim que uma grande rede de solidariedade se formou e, em apenas 14 dias, ela conseguiu a quantia necessária.

Resiliente e obstinada, a advogada continuou fazendo o que precisava ser feito, sempre em busca do seu propósito. “Faça o que precisa ser feito, mesmo que não tenha vontade. A inércia não nos leva a lugar nenhum. É preciso buscar e dar o nosso melhor. Fazer o que está ao nosso alcance e pedir a Deus para fazer o que não está”, ressalta.

Recuperação após cirurgias

A atleta conta que sua recuperação tem sido boa e progressiva. Logo após a última cirurgia, ela iniciou as sessões de fisioterapia e movimentos simples de musculação. Um dia após o outro e cada dia melhor que antes.

Atualmente Karina faz fisioterapia duas vezes na semana, malha e também voltou a trabalhar em seu escritório de advocacia. “Minha rotina diária é acordar e fazer o que eu mais amo: praticar uma atividade física. Vou pra academia e também tenho ido ao escritório para retomar minhas atividades aos poucos. Voltar a me sentir útil faz muito bem e faço o que está ao meu alcance. Permaneço no escritório pelo tempo que consigo ficar na mesma posição, pois a perna ainda incomoda”, revela.

Depois que volta para casa, a jovem ainda encontra fôlego para treinar mais um pouco. “Estou tentando voltar ao que eu fazia antes, sei que nunca será do mesmo jeito, mas vou trabalhar para isso. Hoje eu já consigo caminhar por 5 Km e correr, dando uns trotes, por uns 20 metros. Além disso, o fixador na perna ainda atrapalha um pouco, mas devo retirá-lo esse mês. Dou um passo de cada vez sempre mentalizando positivamente”.

Mesmo com todas as limitações e dificuldades, Karina encontra motivos para agradecer e continuar sonhando. “Sou muito grata por minha vida e por conseguir voltar a fazer o que amo. Meu sonho é voltar a correr e sigo fazendo a minha parte e orando a Deus por aquilo que está fora do meu alcance”.

O próximo desafio de Karina, imposto por ela mesma, é conseguir realizar uma corrida de 5 km que antecede a Maratona do Rio, em maio. “Nem que seja trotanto, eu quero finalizar esse percurso”. Alguém duvida que ela vai conseguir?


Karina foi atropelada por motorista bêbado

A advogada Karina Vaillant Farias, de 26 anos, foi atropelada por um motorista embriagado no domingo, 18 de dezembro de 2022, em Cachoeiro de Itapemirim, próximo ao trevo que dá acesso à BR-101. Karina é corredora, membro do Grupo Édipo Running e estava participando do ‘Desafio 300k de Verão’, que consiste na corrida de Cachoeiro até Marataízes.

O acidente aconteceu quando a corredora se aproximava do trevo da Safra. Um motorista embriagado invadiu a contramão e atropelou a moça no acostamento. Em seguida, fugiu sem prestar socorro. Karina foi socorrida para a Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro, onde ficou internada em estado grave.

Logo após o acidente o motorista foi localizado dormindo dentro do carro, próximo ao trevo de Presidente Kennedy, com sinais visíveis de embriaguez. Segundo a Polícia Militar, o motorista não possuía CNH e o teste do bafômetro, realizado no DPJ apontou 0,78 mg/l de álcool no sangue, o que configura crime de trânsito. O veículo envolvido no acidente estava com documentação atrasada e foi encaminhado para o pátio do Detran.


Ajuda para o tratamento

Para conseguir voltar a andar sozinha e ter uma vida normal, a advogada precisa realizar um tratamento com material Finlandês, que custa R$ 180 mil. O Bonalive® granules é uma tecnologia de regeneração óssea única que inibe naturalmente o crescimento bacteriano e estimula a formação óssea.

Sendo assim, no dia 28 de julho, ela publicou um vídeo contando sua história e pedindo a ajuda de quem pudesse colaborar. Desde então, uma enorme corrente de solidariedade de se formou, mobilizando milhares de pessoas e, 14 dias depois, ela anunciou que havia conseguido a quantia desejada.
O tratamento consistiu em duas cirurgias. A primeira foi para retirada da haste e colocação de um cimento ósseo com fixador externo. Já a segunda cirurgia foi para a colocação do biovidro.

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